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Cotidiano

MP disponibiliza canal para receber denúncias envolvendo médico nutrólogo

Médico foi acusado de abuso sexual por ao menos cinco mulheres; dados e informações pessoais serão mantidos em sigilo

22/09/2020 às 12:18

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Esta é a primeira etapa do julgamento e ainda precisa ser submetida a uma segunda confirmação pelo pleno do Cremesp

Esta é a primeira etapa do julgamento e ainda precisa ser submetida a uma segunda confirmação pelo pleno do Cremesp | Reprodução/TV Globo

O Ministério Público de São Paulo abriu um canal para receber denúncias de pacientes sobre o médico nutrólogo Abib Maldaun Neto, acusado por ao menos cinco mulheres de abuso sexual. Os relatos devem ser feitos através do e-mail [email protected].

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Todas as denúncias serão recebidas por uma equipe especializada e os dados e as informações serão mantidas em sigilo. O mesmo canal foi utilizado pelo Núcleo de Gênero do MP-SP para colher denúncias envolvendo o médium João de Deus.

De acordo com o secretário especial de Políticas Criminais do MP de São Paulo, Arthur Lemos, as denúncias podem ser feitas mesmo se tiverem ocorrido há muito tempo.

Além do canal direto pelo e-mail [email protected] do Ministério Público de SP, as vítimas podem procurar a Ouvidoria Nacional do MP, órgão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), pelo telefone/WhatsApp (61) 3315-9476 e pelo e-mail [email protected].

Denúncias

De acordo com o relato de ao menos cinco mulheres, o crime ocorreu durante a realização de exames.

As vítimas alegam que procuraram o atendimento porque ele era um médico renomado. “Ele me fez deitar na maca, tirar a roupa. Ele começou um procedimento de auscultar meu coração e, já logo naquele dia, eu senti que ele botou a mão um pouco mais estranho quando ele foi auscultar meu coração, botou a mão no meu peito. Até o momento que ele pediu que eu tirasse a calcinha. E, na hora, me passou milhões de coisas na cabeça, mas não fui capaz nem de perguntar por que, nem de falar não”, disse uma mulher à GloboNews.

“Ele falou: ‘eu vou verificar como está, como estão as coisas’. E enfiou dois dedos na minha vagina e começou a estimular...meu clitóris. E dai eu já tava me sentindo muito mal...Eu virei pro lado, comecei a chorar sem que ele percebesse. Só desejava que aquilo acabasse o mais rápido possível", contou outra paciente.

A defesa das vítimas informou que trabalhou com questões circunstanciais. “O que nós trabalhamos foi com as questões circunstanciais. Provas testemunhais que demonstravam que todo o relato dele, que estava acompanhado por uma enfermeira, que a paciente não tinha ido no dia da consulta, conseguimos demolir no processo legal, no criminal e no CRM”, disse a defesa das vítimas, advogado Fernando Castelo Branco.

Atualmente, o médico cumpre pena em regime semiaberto por ser réu primário. Abib Maldaun Neto se pronunciou em nota à GloboNews. Leia:

“Mantenho a consciência tranquila, pois em décadas arduamente dedicadas à medicina jamais pratiquei qualquer ato imoral ou ilegal contra qualquer paciente ou cidadão. Sempre atuei de forma ética, integra e profissional zelando pela dignidade da honrosa profissão a qual dedico a minha vida, por esta razão sempre colaborei com o processo, comparecendo em todos os atos e me colocando à disposição da justiça a fim de que a verdade real dos fatos seja devidamente comprovada”.





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