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Sequestro de casal acaba na prisão de quatro suspeitos na Capital

Os suspeitos almejavam fazer transações com Pix nas contas bancárias do casal

Joseph Silva

Publicado em 28/09/2021 às 19:13

Atualizado em 30/09/2021 às 20:58

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Crimes envolvendo Pix têm aumentado / Belchonock

Na noite desta segunda-feira (27), a Polícia Militar prendeu quatro pessoas em flagrante por suspeita de manter em cárcere privado um casal em Embu das Artes (Grande SP). As vítimas foram abordadas pelos criminosos, por volta das 18h do mesmo dia, na praça do Pôr do Sol, lugar conhecido pela vista panorâmica, na zona oeste da capital paulista

A intenção de um rapaz de 30 anos e uma mulher, de 36, era apreciar o pôr do sol no local, mas tiveram os planos frustrados após dois criminosos, aparentemente armados segundo as vítimas, os abordarem. A defesa do bando não havia sido localizada até a publicação desta reportagem. 

Em seguida, os ladrões colocaram as vítimas no carro da mulher, um Mini Cooper, com o qual levaram o casal até uma residência, já em Embu das Artes, de acordo com a polícia. No local, segundo depoimento do casal à Polícia Civil, os criminosos passaram a fazer movimentações bancárias, usando os cartões das vítimas em máquinas de crédito e débito, além de efetuar transferências instantâneas, por meio do Pix. 

O valor desviado das vítimas não foi informado. Além do dinheiro, criminosos também teriam roubado os celulares do casal, assim como joias, que não haviam sido recuperados até a publicação desta reportagem.
A possibilidade de sacar dinheiro por meio do Pix, a partir de 29 de novembro, como publicado pelo BC (Banco Central) no último dia 2, pode ser mais um motivo de atenção para a polícia, segundo delegados ouvidos pela reportagem. 

Após os criminosos desviarem o dinheiro do casal, as vítimas foram libertadas, mas sem saber informar em qual endereço. Ambas procuraram a delegacia da Grande SP, logo em seguida. 

PRISÃO DO BANDO 

Quando houve a abordagem do casal na praça da capital paulista, uma testemunha anotou as placas do carro em que os criminosos chegaram, um Honda Civic de Embu das Artes, informando os dados do veículo à PM, por meio de uma denúncia anônima feita por telefone. Por causa disso, a polícia da região foi notificada sobre o caso. 

Por volta das 21h10, policiais militares afirmam ter encontrado o Civic suspeito, na altura do número 659 da avenida João Paulo 2º, em Embu. Quatro pessoas ocupavam o veículo, que foi abordado. 

Segundo registros da delegacia de Embu das Artes, um ajudante de pintor, 23 anos, guiava o Civic. Ao lado dele estava uma mulher de 69 anos -sem relação com o crime, como verificado posteriormente. No banco traseiro, estavam outro ajudante, de 28 anos e um estudante, de 18. 

No veículo a polícia encontrou uma pistola calibre 765, com numeração raspada, além de uma arma de brinquedo -supostamente usadas na abordagem ao casal. Todos os ocupantes do veículo negaram a posse da arma e do simulacro. Eles foram levados em seguida para a delegacia na cidade da Grande SP. 

Durante a elaboração da ocorrência, a polícia localizou uma mulher de 20 anos, que foi reconhecida pelas vítimas. Segundo o casal, a suspeita usava a mesma camiseta da seleção argentina, com a qual foi presa, no cativeiro -enquanto as contas bancárias das vítimas eram alvo dos bandidos. 

A polícia solicitou a prisão preventiva dos quatro suspeitos, que seguem à disposição da Justiça. 

Pix e sequestros relâmpago De acordo com dados do governo paulista, desde o fim do ano passado até julho foram registrados 202 sequestros-relâmpagos e roubos com retenção da vítima no estado de São Paulo, em que as vítimas relataram o uso do Pix durante o roubo. 

Nos primeiros meses desde a implantação do sistema de pagamentos e transferências feitos pelo celular -entre dezembro de 2020 e março de 2021- oram registrados 51 boletins em todo o estado. De abril a julho, os registros pularam para 151 casos. 

Delegados ouvidos pelo Agora, no início do mês, alertaram sobre a possibilidade de sacar dinheiro por meio do Pix, a partir de 29 de novembro, como publicado pelo BC (Banco Central) no último dia 2. Isso, segundo os agentes da Polícia Civil, pode ser mais um motivo de atenção para a polícia.

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