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Temporada 2025 da Fórmula 1 entra em sua reta final com um contraste que nenhum analista teria previsto no início do ano
05/12/2025 às 02:00
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Depois de dominar a maior parte do campeonato com Lando Norris e Oscar Piastri, a McLaren chega à última etapa sob risco real de ver o título de Pilotos escapar para as mãos de Max Verstappen | Waleed Zein/Reuters/Folhapress
A temporada 2025 da Fórmula 1 entra em sua reta final com um contraste que nenhum analista teria previsto no início do ano: depois de dominar a maior parte do campeonato com Lando Norris e Oscar Piastri, a McLaren chega à última etapa sob risco real de ver o título de Pilotos escapar para as mãos de Max Verstappen, um piloto que mesmo sem o melhor carro do grid, mostrou por que é um gigante desta geração.
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O cenário é fruto menos de um avanço da Red Bull na segunda metade da temporada, e também de uma sucessão de erros estratégicos, operacionais e gerenciais da própria McLaren ao longo do ano. E é justamente isso que torna o desfecho ainda mais amargo para a equipe de Woking.
Domínio sem conversão
A McLaren iniciou 2025 como a equipe mais equilibrada do grid. O carro, eficiente em pistas de baixa e média velocidade, permitiu que Norris e Piastri alternassem vitórias e pódios com naturalidade. O título do Mundial de Construtores veio por antecipação ainda no GP de Cingapura, a 18ª das 24 provas da temporada.
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Na volta das férias de verão, Piastri liderava e tinha 104 pontos de vantagem sobre Verstappen que era o terceiro. Porém a McLaren errou em diversas provas no básico: transformar ritmo em pontos. Norris perdeu duas vitórias praticamente garantidas por erros de pit-stop; Piastri viu estratégias tardias ou excessivamente conservadoras comprometerem corridas que poderiam tê-lo deixado mais confortável na tabela.
Enquanto isso, Verstappen fez aquilo que já virou rotina: maximizou oportunidades. Sempre que a McLaren vacilou, ele estava lá. Um segundo lugar transformado em vitória por um pneu trocado tarde demais. Um pódio inesperado graças a uma leitura de pista mais ousada. Pouco a pouco, o tricampeão foi reconstruindo um campeonato que parecia inviável.
No GP do Catar tudo parecia que seria domínio avassalador da McLaren, até o erro fatal na prova principal, não chamando os pilotos para o pit-stop no momento em que um acidente fez o safety-car entrar na pista.
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Isso deu a chance que Verstappen necessitava, e com isso ele venceu. Restou para Piastri o consolo do segundo lugar, mas o fez perder a vice-liderança do campeonato.
Lando Norris, que poderia ter terminado em segundo lugar, amargou um quarto posto, e com isso o campeonato vai para última etapa em Abu Dhabi com Norri com apenas 12 pontos de vantagem sobre Verstappen e 16 sobre Piastri.
O peso da experiência
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A última vez que a McLaren disputou um título de verdade fazia tempo demais. A Red Bull, por sua vez, vive há uma década no ambiente de decisões. A diferença aparece nas nuances: pit-lane mais organizado, leitura mais rápida, risco calculado com precisão.
A hesitação em reagir às mudanças climáticas, os pit-stops inconsistentes, o excesso de prioridade tática a Norris mesmo quando Piastri tinha ritmo superior podem gerar a Verstappen o pentacampeonato, e o pilotos da McLaren entrarem para história com a perda do título mais ganho da história da categoria.
Para prova de Abu Dahbi a McLaren chega como favorita técnica, mas emocionalmente fragilizada. A Red Bull chega como azarã que sabe jogar finais.
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