A+

A-

Alternar Contraste

Sábado, 25 Janeiro 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta Colunistas Seta

Bruno Camargo

Bruno Camargo

Bruno Camargo

Reflexões após dois anos do '8 de Janeiro'

Naquele dia, não apenas prédios históricos foram vandalizados, mas também símbolos do pacto social que sustenta nossa nação foram violentados

08/01/2025 às 21:30

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
O dia 8 de janeiro deixou lições amargas

O dia 8 de janeiro deixou lições amargas | Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os ataques de 8 de janeiro de 2023 representaram mais do que uma afronta física às sedes dos três Poderes; foram um ataque direto ao coração da democracia brasileira.

Continua depois da publicidade

Naquele dia, não apenas prédios históricos foram vandalizados, mas também símbolos do pacto social que sustenta nossa nação foram violentados.  

Diante desse cenário, o jornalismo reafirmou seu papel essencial: informar, esclarecer e combater a desinformação.

Em meio ao caos, jornalistas atuaram como verdadeiros guardiões da verdade, expondo os fatos, contextualizando os acontecimentos e, principalmente, dando voz à sociedade, que clamava por respeito às instituições.  

Continua depois da publicidade

Werner Becker, na obra "Die Freiheit, die wir meinen" (Munique, 1982), oferece reflexões que se mostram mais atuais do que nunca. Ele afirma que: “O partido que está no poder jamais tenta limitar a atividade política dos cidadãos ou partidos enquanto estes não ameaçarem derrubar o governo pela violência”.

E complementa: “Os partidos que perderam as eleições jamais tentam impedir o partido vencedor de tomar posse utilizando-se da violência ou de outros meios ilegais." Esses princípios, quando rompidos, abrem caminho para o caos e para a erosão dos pilares democráticos.  

Além das ameaças físicas e simbólicas, há outras formas de fragilizar a democracia. Uma delas é o enfraquecimento sistemático do jornalismo, não apenas por ataques diretos, mas também pela retirada de suas fontes legítimas de custeio.

Continua depois da publicidade

A substituição dos veículos de imprensa tradicional por formas alternativas e, muitas vezes, opacas de divulgação de atos oficiais – especialmente aqueles relacionados aos processos licitatórios – enfraquece a transparência objetiva e afasta o princípio da ampla publicidade, que deve ser uma primícia de qualquer governo comprometido com a lisura das contas públicas.  

Uma democracia saudável depende de informação livre, plural e transparente. Quando a imprensa é atacada ou desacreditada, a sociedade perde um de seus principais escudos contra o autoritarismo.  

O dia 8 de janeiro deixou lições amargas, mas também reforçou a importância do compromisso do jornalismo com a verdade. 

Continua depois da publicidade

Cabe a nós, como sociedade, proteger e valorizar esse pilar essencial, para que os ecos daquele dia não se repitam – e que as páginas futuras da nossa história sejam escritas com responsabilidade, diálogo e respeito à democracia.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados