Os deputados paulistas aprovaram nesta semana o orçamento estadual para 2021. Com isso, o Governo de São Paulo terá R$ 246,3 bilhões disponíveis para empregar em despesas e investimentos. O texto final destina R$ 35,5 bilhões para a Secretaria da Educação, R$ 23,8 bilhões para a Saúde e R$ 22 bilhões para a Segurança Pública. O ponto mais polêmico foi a retirada de 30% da receita prevista da Fapesp, fundação responsável por financiar pesquisas científicas em São Paulo, contrariando promessa do governador João Doria (PSDB). Em vídeo divulgado em 25 de novembro, Doria afirmou que a Fapesp não sofreria cortes. “Ao contrário, estabelecemos uma produtiva reunião para somar forças em investimentos na pesquisa, na ciência e na tecnologia”, disse. Agora, o tucano garante que decretos complementares irão recompor o orçamento da entidade, sem dar data para isso.

Mudança de tom.
Em entrevista à coluna, o vereador Toninho Vespoli (PSOL) disse que já sente uma mudança no tom da presidência da Câmara Municipal de São Paulo com ele e com Celso Giannazi, também do PSOL. A transformação ocorre, em sua visão, porque a partir de 2021 a legenda passa a ter seis vereadores na Capital, triplicando a bancada, e a Câmara busca desde já costurar alianças com o partido. “A gente vai poder dialogar nas pautas para influenciar, e naqueles que não estiver de acordo o PSOL vai conseguir fazer uma oposição mais forte e mais qualificada”, contou.

Assédio.
Após o deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) ter sido acusado de importunar sexualmente a também parlamentar Isa Penna (PSOL), em momento flagrado pela emissora de TV da Alesp, o Cidadania informou que enviou o caso ao Conselho de Ética interno para que “sejam tomadas providências cabíveis e efetivas”. O presidente nacional do partido, Roberto Freire, estava propenso na tarde de sexta-feira (18) a pedir a expulsão do parlamentar da sigla.

Mais orçamento.
O presidente em exercício da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (DEM), definiu que o orçamento da cidade para 2021 será votado na próxima terça-feira (22). De acordo com a prefeitura, a estimativa da receita para o ano que vem é de R$ 67,5 bilhões, 2,1% menor em relação ao orçamento de 2020. A redução, ainda segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), foi provocada pelo impacto da pandemia na economia da Capital.

Saúde na Baixada.
O deputado estadual Professor Kenny (Progressistas) conseguiu aprovar 21 emendas parlamentares durante a votação do orçamento estadual para 2021 na Alesp. De acordo com ele, as emendas representam, juntas, R$ 16,8 milhões que serão quase totalmente investidas no setor da saúde das cidades de Guarujá, Cubatão e Bertioga durante o próximo ano. “Infelizmente os índices de propagação da doença voltaram a aumentar na Baixada. Temos que estar atentos e criar mecanismos para frear esse avanço”, explicou o deputado.

“A experiência na política para as mulheres é muito violenta”
Isa Penna, deputada estadual pelo PSOL, após registrar boletim de ocorrência contra o deputado Fernando Cury por importunação sexual.