A pré-candidata a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil) disse que a condenação do Tribunal de Contas da União (TCU) contra membros da Operação Lava Jato, em especial contra o ex-procurador Deltan Dallagnol, "é uma verdadeira decisão política, completamente vergonhosa e fora das orientações técnicas".

"Com toda certeza, é um absurdo ter de assistir a todos esses fatos e enxergar parcialidade na forma como se decidem as coisas no Brasil", afirmou a advogada, em entrevista a este colunista. Rosângela vai disputar uma cadeira no Congresso por São Paulo, enquanto seu marido, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), concorrerá ao Senado pelo Paraná, depois de ser proibido pelo Tribunal Regional Eleitoral  (TRE) de disputar também por São Paulo.

Ela ainda criticou a decisão do TRE: "É uma contradição eles não serem transparentes e ainda deixarem claro para todos que a depender de quem está sendo julgado as regras mudam. É completamente lamentável". 

Treta na Câmara de SP

A Câmara Municipal de São Paulo prometeu à coluna que vai tomar medidas "legais e cabíveis" em relação à discussão entre Fernando Holiday (Novo) e Juliana Cardoso (PT), que envolveu ainda Luana Alves (PSOL). Os dois vereadores promoveram um bate-boca tenso no Plenário da Casa na última quarta-feira (10), quando Juliana tentou arrancar o microfone de Holiday após o parlamentar chamar sindicalistas que protestavam contra o projeto de reestruturação do funcionalismo público de "vagabundos". Ambos afirmaram, também à coluna, que vão entrar com uma representação contra o outro na Corregedoria da Câmara.

Saidinhas

Tema de alto apelo popular e controverso entre especialistas de segurança pública, a chamada saidinha de presos é alvo do governador Rodrigo Garcia (PSDB). O tucano promete criar um amplo movimento dos estados para modificar a legislação federal que autoriza saída temporária de presos no sistema prisional brasileiro. A proposta está no plano de governo da campanha do atual governador paulista, que busca a reeleição em outubro.

Janones, Caetano e o piseiro

O deputado federal André Janones (Avante), que abriu mão da corrida presidencial eleitoral para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta sexta-feira que a esquerda deve "sair da bolha", rever o discurso e ir conversar verdadeiramente com o povo nas feiras, nas ruas e no Facebook. "Enquanto a esquerda não trocar 'carta em defesa a democracia' por 'carta em defesa do povo' o bolsonarismo continuará nadando de braçadas", analisou o deputado, pelo Twitter.

'Acolhimento'

O parlamentar também afirmou que parte da esquerda não percebeu a ascensão de todas as classes do ponto de vista da comunicação causada pela internet."A arrogância de alguns setores da elite intelectual não lhes permite compreender que João Gomes com o seu 'piseiro' forma mais opinião hoje do que Chico e Caetano". Ele ainda analisou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é mais eficaz em formar sentimento de pertencimento com o povo do interior do País. "O pensamento é lógico e compreensível: 'É preferível alguém que faz piada comigo e fala besteira o tempo todo do que alguém que nem sabe que eu existo'".