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Nos últimos meses, a tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela aumentou significativamente
20/10/2025 às 19:52 atualizado em 20/10/2025 às 19:58
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Donald Trump, mantendo seu modelo intervencionista, seja por meio do uso de armas ou da imposição de tarifas, agravou ainda mais a situação | RS/Fotos Públicas
Nos últimos meses, a tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela aumentou significativamente, diante das acusações de que o governo venezuelano estaria favorecendo o tráfico de drogas. Em retaliação, os norte-americanos bombardearam diversas embarcações provenientes daquele país.
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Donald Trump, mantendo seu modelo intervencionista, seja por meio do uso de armas ou da imposição de tarifas, agravou ainda mais a situação ao autorizar operações da Agência Central de Inteligência (CIA) em território venezuelano.
A polarização política se intensificou em várias nações da América Latina. A ascensão de governos rotulados como de direita, com forte discurso de combate ao crime, não resultou em uma contenção eficaz do narcotráfico na região. Mega prisões foram construídas em países como El Salvador e Equador, mas o tráfico segue operando sem grandes obstáculos.
O México, por sua vez, aderiu ao plano de Trump e promete intensificar o combate ao crime organizado. Trata-se de um problema transnacional. As rotas do tráfico atravessam múltiplas fronteiras, dificultando ações isoladas. Nesse contexto, a Casa Branca planeja intensificar sua atuação em solo venezuelano. A dimensão ideológica também pesa, pois Nicolás Maduro permanece no poder há anos, sustentado por eleições duvidosas e pelo uso sistemático da violência contra opositores.
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Como símbolo dessa resistência, o Prêmio Nobel da Paz foi concedido à venezuelana María Corina Machado, figura proeminente na luta contra o regime chavista. A América Latina, historicamente, vive em instabilidades. Conflitos de diferentes naturezas atravessaram quase todos os países ao longo do século XX, e continuam no presente, com o tráfico de drogas imperando. Tal como outros presidentes norte-americanos, Trump quer uma guerra para chamar de sua.
A Venezuela pode ser o alvo ideal, pois é um adversário relativamente vulnerável, com baixa aprovação internacional, e que, ao mesmo tempo, representa um ponto estratégico na contenção da influência chinesa na região.
Além disso, há interesses econômicos em jogo. A Chevron, empresa norte-americana, é uma das principais produtoras de petróleo na Venezuela, exportando toda a sua produção para os Estados Unidos.
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Trump pode ver na crise uma oportunidade de ampliar a presença americana nesse mercado. Em tempos de Halloween, os norte-americanos optaram por uma travessura de grandes proporções. Uma guerra na América do Sul pode não estar tão distante quanto se imagina.
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