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O poder legislativo ajusta-se, de toda forma, para nada mudar, da mesma forma o judiciário, que não buscou reformas desde a Constituição de 1988
16/09/2022 às 17:08 atualizado em 16/09/2022 às 17:31
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Comemorou-se neste mês os 200 anos da declaração da Independência do Brasil. | Lucas Chiereguini/Gazeta de S. Paulo
Comemorou-se neste mês os 200 anos da declaração da Independência do Brasil, que tem como ato inicial o anúncio do jovem Pedro de Alcantara. Naquele momento saímos da condição de colônia portuguesa e nos mostramos ao mundo, mas ainda na condição de império, não houve o salto para uma república.
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No século XIX, o mundo se industrializava e aqui erámos escravagistas. Até início do século XX, o Brasil detinha um contorno populacional de alguns poucos portugueses, de índios, negros e pardos, tendo a agricultura base da economia, e a educação formal era para poucos. Em 1822 estima-se que 90% das pessoas eram analfabetas, em 1922 cerca de 70% ainda continuariam nessa condição.
A indústria chegou com os imigrantes, italianos, alemães e outros que detinham conhecimento e técnicas. A república velha dá lugar ao getulismo e o desenvolvimentismo de Kubitschek. Passamos por um regime de exceção de 1964 a 1985, dois impedimentos de presidentes no período democrático, e hoje temos um país dividido em opiniões. Na média, cerca de 85% das pessoas são alfabetizadas.
Ainda há muito por realizar, pois não há um plano singular para todos os grupos, nem projetos a médio ou longo prazo. A desigualdade é um diferencial do Brasil com relação aos países da OCDE, somos pobres. O poder legislativo ajusta-se, de toda forma, para nada mudar, da mesma forma o judiciário, que não buscou reformas desde a Constituição de 1988.
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Crescemos menos que todos os países latinos nos últimos 40 anos. Na outra ponta temos o agronegócio, com grandes fazendas e pouca mão de obra, mas que apresenta bons resultados no PIB. A assimetria social toma contornos fortes no século XXI, e, por enquanto, sem projeções de mudanças. As eleições estão aí, cabe ao eleitor mudar esse quadro para que cada brasileiro seja realmente independente.
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