Enquanto os paulistas comemoravam o feriado de 9 de julho, o presidente dos EUA Donald Trump declarou uma imposição de tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados por seu país, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025.

Em sua carta a Lula, Trump justificou o ato mencionando, afirmando, que há “um processo judicial contra Jair Bolsonaro", seu aliado político, chamando-o de "caça às bruxas”.

Em suas alegações, afirma que o Brasil estaria sendo um parceiro comercial injusto, embora seja o contrário, há superavit americano na balança comercial entre os dois países.

Segundo o jornal New York Post, em sua edição de 10/07, os setores brasileiros mais impactados serão as commodities agrícolas, pois o Brasil fornece cerca de 35% do café não torrado importado pelos EUA; o suco de laranja corresponde a 73% das importações americanas; a carne bovina, representa 21% das importações de proteínas dos EUA.

Dessa forma, a tarifação deve encarecer o produto em solo americano e forçar o importador a comprar de mercados alternativos, como Austrália e Argentina.  Além de outros setores como aviação, minérios que também serão afetados.

As tarifas de Trump são prejudiciais e encarecerão os produtos para os consumidores americanos, ou seja, ruim para todos. É medida excepcional e com motivação política ligada diretamente à defesa de Bolsonaro. A Fiesp já se levantou contra e outros setores do agrobusiness também.

Tarcísio de Freitas já descolou do discurso anterior e pede negociação, pois percebeu que a família Bolsonaro não fez boa tacada. Espera-se a retaliação brasileira via tarifas ou atuação na OMC, o que pode escalar para uma guerra comercial global.

Para os brasileiros, o real poderá desvalorizar e encarecer os demais produtos, sem demanda, mas com alto estoque, o desemprego será processo natural, tanto na indústria como no campo.

Nada de bom nessa história, perde o Brasil, perde os americanos, perde o mercado. Esperam-se negociações serenas e adequadas para que todos voltem a ganhar.