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Harold Schultz

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A vida em um prompt

Hoje, mais de 65% da população mundial tem acesso à internet graças ao formato de smartphone

04/11/2025 às 06:00

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Na prática, isso significa que pedimos carona, namoramos, conversamos, estudamos  tudo pelo celular

Na prática, isso significa que pedimos carona, namoramos, conversamos, estudamos tudo pelo celular | Freepik

Em 2007, Steve Jobs subiu ao palco para mudar nossa relação com a tecnologia. Ao lançar o iPhone, entregou uma aula de inovação e experiência do cliente - e cravou uma profecia que se cumpriu: “a vida no seu bolso”.

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De “bolso” a “tudo”

Hoje, mais de 65% da população mundial tem acesso à internet graças ao formato de smartphone que aquele anúncio inaugurou. Na prática, isso significa que pedimos carona, namoramos, conversamos, estudamos — tudo pelo celular.

Recentemente viajei a Singapura. Foram três minutos na imigração e, fora o passaporte físico naquele instante, o resto estava no meu smartphone: bilhete do voo, pedido de transporte (Grab), cartão de crédito, tudo digital.

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Pouco depois, o governo de Singapura lançou o sistema de imigração mais rápido do mundo, em cinco segundos, com biometria facial. A frase de 2007 não foi só slogan; foi uma profecia autorrealizável.

O novo palco

Dezoito anos depois, surge quem busca ocupar parte desse espaço visionário. Altman, líder da OpenAI, subiu ao palco e apresentou uma nova revolução dentro do ChatGPT: os apps.

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O que são os apps do ChatGPT

São conexões nativas entre o ChatGPT e ferramentas do dia a dia — Canva (apresentações e design), Booking (viagens), Spotify (músicas) e tantas outras. A promessa? Levar para a conversa o que antes exigia pular de aplicativo em aplicativo.

Um exemplo prático: sua viagem em um prompt

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Chamo o agente do Booking dentro do ChatGPT e resolvo a viagem conversando. Em vez de abrir o site, preencher datas, comparar hotéis e endereços, eu escrevo: “Booking, me ache os melhores hotéis para alguém com o meu perfil (o ChatGPT já me conhece), na região X, no período Y, com avaliações acima de 8.”

A experiência tradicional do Booking já é ótima. Mas, aqui, as interações ficam mais humanizadas, empáticas e personalizadas.

E tem mais: foi apresentado o Agent Commerce Platform — uma plataforma de conexão entre agentes de IA (como ChatGPT e Booking) que permite transações comerciais dentro da conversa. Ou seja, não apenas receber recomendações: com a sua autorização, a própria IA conclui o pagamento e a reserva. É a jornada inteira, do conselho à ação, sem sair do diálogo.

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Para onde estamos indo?

Tudo indica que caminhamos para uma era em que a sua vida será resolvida por prompts — comandos para inteligências artificiais. Então, deixo três provocações:

  1. É o fim da era dos apps?
  2. É o início do fim da humanidade como a conhecemos?
  3. Ou o começo de uma nova era de inteligência amplificada?

Conclusão

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Em 2007, o iPhone transformou “a vida no seu bolso”. Agora, os apps dentro do ChatGPT — potencializados por mecanismos como o Agent Commerce Platform — sugerem “a vida em um prompt”. Não é só uma evolução de interface; é uma nova forma de interagir com a tecnologia, tão profunda quanto aquela que testemunhamos há 18 anos. Estamos vivendo uma grande transformação.

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