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Leonardo Sandre

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Abel Ferreira: um homem de palavra?

Treinador afirmou, em duas ocasiões, que deixaria o cargo caso terminasse um ano sem títulos

02/12/2025 às 06:00  atualizado em 02/12/2025 às 11:57

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O comandante alviverde e seus jogadores decepcionaram os palmeirenses em 2025

O comandante alviverde e seus jogadores decepcionaram os palmeirenses em 2025 | Cesar Greco/Palmeiras

Em duas ocasiões (uma em meados de 2024 e outra no meio deste ano) o treinador palmeirense Abel Ferreira, cheio de autoconfiança, afirmou que no ano em que não ganhasse um título sequer na temporada, não precisaria seguir no comando do clube e poderia ir embora.

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Em 2024, foi campeão paulista. Em 2025, não venceu nada. Há ainda a chance remota do Brasileirão, mas precisaria de uma derrocada história do Flamengo. 

Antes da final, Abel, alegando "ter palavra" disse que ficaria no Palmeiras para 2026, como já havia sinalizado após a virada icônica sobre a LDU. Mas, isso contradiz sua própria palavra meses antes: "Se não ganhar títulos, posso ir embora", disse ele. Todavia, a promessa de que deixaria a equipe caso ficasse um ano sem títulos, de repente, desapareceu, foi "apagada" da memória do treinador.

Com quase R$ 700 milhões gastos para a temporada de 2025, o Palmeiras perdeu o Paulistão para o Corinthians, seu maior rival. Teve a chance de devolver na Copa do Brasil e, mais uma vez, viu o arquirrival se dar melhor, e jogando muito mais bola. Neste dia, Abel Ferreira foi chamado de "burro" por parte da torcida, o que, segundo ele mesmo, lhe magoou.

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A falsa esperança

Após as críticas, Abel mudou a equipe, passou a usar a dupla Flaco López e Vitor Roque, que encaixou perfeitamente. O Verdão então passou a jogar muito bem, marcar muitos gols e dar sinais de que algo promissor estava por vir. Mas os sinais não se concretizaram.

O comandante alviverde e seus jogadores decepcionaram em um Campeonato Brasileiro que era acessível para o clube. Em vez de assumir seus erros, Abel passou a repetir que "após o jogo do São Paulo, tudo mudou", jogo esse em que o Palmeiras venceu e a polêmica da arbitragem foi uma decisão a seu favor.

Nem mesmo a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, comprou a história que Abel tentou vender. A mandatária afirmou que o Verdão perdeu o Brasileirão por incapacidade própria, e não por conta de arbitragem.

O foco virou apenas para a Copa Libertadores, em que o time tinha a melhor campanha. Poupou os 11 titulares em um jogo decisivo de Brasileirão que poderia ter aproximado a equipe da liderança, jogou a toalha publicamente na liga nacional e apostou todas as fichas na copa continental. Não deu certo.

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Em um jogo de pouco brilho (principalmente da parte do Palmeiras), Abel também cometeu erros durante os 90 minutos. Tirou seu melhor jogador de ataque na partida (Allan) e piorou o que já não estava bom. Título para o Flamengo e vice-campeonato para o Palmeiras. Na coletiva, ao menos, reconheceu que seu adversário foi melhor (o que também é algo raro por parte do treinador).

O Flamengo tem o melhor elenco do Brasil, com certas sobras para o segundo (exatamente o Palmeiras). Abel Ferreira é um dos melhores treinadores da história do futebol brasileiro, e o maior treinador da história do clube, mas foi mal nos últimos dois anos. Eu não demitiria Abel e nem acho que ele deva sair, mas foi o próprio treinador quem afirmou que deixaria o cargo.

Agora, resta a ele escolher qual "palavra" que quer seguir: a primeira promessa, mais difícil de aceitar e cumprir, ou a mais cômoda, feita meses depois da primeira. Ao que tudo indica, será a segunda opção.

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