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Leonardo Sandre

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James Rodríguez faz pré-temporada no São Paulo, brilha na Copa América e vai embora

Lenda colombiana atua como um rei defendendo seu país, e agora pode aproveitar os holofotes da Copa América para retornar à Europa

22/07/2024 às 14:20  atualizado em 22/07/2024 às 15:01

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James treinou no São Paulo e brilhou em campo pela Colômbia na Copa América

James treinou no São Paulo e brilhou em campo pela Colômbia na Copa América | Divulgação/São Paulo FC

James Rodríguez é um dos jogadores mais talentosos dos últimos anos para orquestrar um meio de campo. Tem uma qualidade acima do normal para achar passes, cruzamentos e dar assistências também nas bolas paradas. Foi elogiado nesta coluna na época que chegou, mas ficou aquém do que poderia ter feito.

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Até por isso, mesmo após tudo o que o colombiano fez (ou deixou de fazer no São Paulo), ainda tem torcedores com uma pulga atrás da orelha pensando no tradicional "e se...", pois se James jogasse o que sabe, e o mais importante, jogasse o que quisesse jogar, ele teria assumido o posto de titular absoluto do São Paulo.

Vendo aquele camisa 10 da Colômbia que acabou com quase todos os jogos da Copa América e colocou seu país em uma decisão continental após 23 anos, sempre ficava aquela reflexão "esse cara iria sobrar aqui no Brasil", até o próprio espectador da partida lembrar que ele já estava atuando no Brasil. Ou melhor, estava contratado por um time brasileiro.

Não é certo culpar também somente o jogador. De fato, James jamais teve uma sequência de jogos como titular. Alguns outros nomes tiveram muito mais chances em sequência, mesmo sendo atletas com a qualidade técnica notavelmente inferior. Porém, para atuar no São Paulo, James sempre apresentava fadiga, desgaste, incômodo, indisposição.

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Para atuar na seleção da Colômbia, era uma fera: corria o campo todo, dava carrinho, chamava a torcida, partia para cima do árbitro, mostrava raça. É natural um atleta vivenciar mais esses sentimentos ao defender sua seleção do que um clube, mas a diferença neste caso foi quase que inacreditável.

Chegou com a camisa 19, mudou para o número 55 como se este fosse realmente o seu problema, esboçou uma mudança de comportamento após ser reintegrado e fazer gol contra a Inter de Limeira, fez um bom jogo contra o Cobresal, ainda sob o comando de Carpini, e perdeu chances com a chegada de Zubeldía, que presa por um time mais equilibrado do que o técnico anterior.

Contra o Novorizontino, não sentiu confiança para bater um pênalti, o que é aceitável após ter errado dois em duas tentativas pelo clube. Mas, na seleção colombiana, sente segurança até para cobrar tiro de meta se deixarem. Foram três treinadores: Dorival, Carpini e Zubeldía, com nenhum James conseguiu ser titular.

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O São Paulo ergueu a Copa do Brasil e Supercopa Rei sem o meia ter estado em campo por um minuto sequer. Pelo clube foram 22 jogos disputados, dois gols e quatro assistências, além de duas negociações de rescisão.

A passagem no Everton, da Inglaterra, foi de um início animador, mas, por não aguentar uma sequência forte, pediu para sair. No Qatar e na Grécia, passagens discretas. No São Paulo, foi um jogador de lampejos. Mas, na Colômbia, atuou sempre como um rei.

No fim das contas, James Rodríguez se mostrou um gênio no São Paulo ainda assim. Um verdadeiro gênio no planejamento. Pois aproveitou o tempo no clube para, nos treinamentos, manter a forma física em dia e ser eleito com méritos o melhor jogador da Copa América 2024. Agora, tentará aproveitar dos holofotes da competição para retornar à Europa e buscar uma passagem marcante em algum time do continente.

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E não, a foto escolhida para a matéria ser de James vestindo a camisa de treino do clube não é mera coincidência.

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