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Nilson Regalado

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Consumo de arroz, feijão, leite e farinha despenca nos lares brasileiros

As notícias do campo por Nilson Regalado

24/04/2020 às 19:29

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O texto indica que a doação seja realizada diretamente, por meio de bancos de alimentos ou em colaboração com o poder público

O texto indica que a doação seja realizada diretamente, por meio de bancos de alimentos ou em colaboração com o poder público | Yoshiyayo

A Pesquisa de Orçamentos Familiares divulgada neste mês pelo IBGE apontou uma dramática redução no consumo do tradicional feijão com arroz. O estudo apontou que a ingestão de arroz diminuiu 37% e a de feijão 52% nos lares brasileiros entre a virada para o século 21 e o final da década passada. Em 2003, cada brasileiro ingeria 31,578 kg de arroz por ano. Em 2018, foram só 19,763 kg. No feijão, o consumo per capita oscilou de 12,394 kg para apenas 5,908 kg ao final do período analisado.

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Também foram observadas quedas de 70% na ingestão de farinha de mandioca nos lares brasileiros e de 42% no consumo doméstico de leite. Em compensação, houve aumento na ingestão de ovos (94%) e de bebidas alcoólicas (19%).

À primeira vista, os dados sugerem que o brasileiro passou a comer mais fora do lar ao longo das duas primeiras décadas do século 21. Porém, a mesma pesquisa do IBGE apurou que os alimentos in natura perderam foi espaço para a comida ultraprocessada. Em 2003, os ultraprocessados representavam 12,6% das calorias ingeridas em casa. Em 2018, chegaram a 18,4%.

O estudo revelou ainda que os ricos consomem 75% mais laticínios, 87% mais hortaliças e 125% mais frutas que a média das demais classes sociais. O Guia Alimentar para a População Brasileira elaborado pelo Ministério da Saúde recomenda só alimentos in natura ou minimamente processados.

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O guia destaca que os ultraprocessados devem ser evitados porque têm composição nutricional desbalanceada e excesso de calorias.

A mitologia e a música...
Um estudo antropológico desenvolvido com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp) acaba de revelar um dos maiores mistérios da cultura dos índios Ticuna. Fiéis à mitologia ancestral, há séculos os ticuna celebram o desabrochar das meninas após a primeira menstruação como quem exalta a beleza de uma flor. O ritual acontece nas florestas às margens do Rio Amazonas.

...que celebram a beleza...
Musicais, durante três dias os ticuna tocam suas flautas e trompetes de até dois metros de comprimento. Os instrumentos são feitos com troncos que emitam as sonoridades mais graves dentre as árvores da floresta. Para eles, a música é a voz da espiritualidade. Nas semanas que antecedem o ritual, as moças ficam confinadas com suas mães e avós, a receber conselhos para a vida. Quando estão prontas, são pintadas com óleo de jenipapo colorido para que a pele permaneça jovem por muito tempo...

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...das musas da floresta.
O ritual mitológico dos Ticuna está no livro 'A Festa da Moça Nova', escrito pelo antropólogo Edson Matarezio Filho, recentemente lançado pela Editora Humanitas.

Filosofia do campo:
"Mandacaru quando fulora na seca é sinal que a chuva chega no sertão/Toda menina que enjoa da boneca é sinal que o amor chegou no coração… Ela só quer, só pensa em namorar". Luiz Gonzaga e Zé Dantas, in ‘O Xote das Meninas’.

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