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Nilson Regalado

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Gigantes mundiais do arroz têm quebras de safra e Brasil é bola da vez na exportação

Quebra nas safras da Índia e da China foi causada por secas extremas, reflexo do aquecimento global

16/09/2022 às 11:46  atualizado em 16/09/2022 às 11:59

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O arroz é o alimento mais consumido no Planeta e, com a redução na colheita dos dois gigantes, a expectativa é de uma escalada nos preços nas próximas semanas.

O arroz é o alimento mais consumido no Planeta e, com a redução na colheita dos dois gigantes, a expectativa é de uma escalada nos preços nas próximas semanas. | Antpkr

Maior exportador mundial de arroz, a Índia decidiu restringir as vendas externas do cereal para garantir o abastecimento interno. O gigante asiático é responsável por 40% do mercado internacional de arroz, mas vai reter 60% de suas exportações. A China perdeu seis milhões de toneladas do grão, o equivalente à metade da produção do Brasil em 12 meses. A quebra nas safras da Índia e da China foi causada por secas extremas, reflexo do aquecimento global.

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O arroz é o alimento mais consumido no Planeta e, com a redução na colheita dos dois gigantes, a expectativa é de uma escalada nos preços nas próximas semanas. Só na Índia, o valor da tonelada subiu 6%, em dólar, em uma semana. E o efeito foi imediato, com altas no Paquistão, Tailândia e Vietnã, importantes produtores do continente, que é o maior consumidor do cereal no mundo.

Na América do Sul, também foram registradas altas no Brasil e no Paraguai. Aqui, a tonelada ficou 0,93% mais cara em sete dias, segundo o planetaarroz.com.br. E a Argentina reportou na quarta-feira uma perda de 7% na produção deste ano causada pela seca.

Com a quebra nas safras, o mercado internacional voltou os olhos para o Brasil. Só em agosto, o Brasil exportou 268 mil toneladas, salto de 29,4% no volume embarcado na comparação com julho.

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Esse montante foi recorde para um mês de agosto, considerando-se toda a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior do Governo Federal, iniciada em 1997.

Portanto, é bom ficar de olho no preço do arroz nas próximas semanas porque o Brasil só volta a colher o cereal em fevereiro.

‘Leite’ de porco...

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O Governo Bolsonaro reduziu de 11,2% para 4% o imposto de importação do soro de leite. A medida entrou em vigor no último dia 1º. O soro é menos concentrado que o leite, portanto é desaconselhável para crianças em fase de crescimento e idosos sob risco de osteoporose.

...para os pobres

O soro é um subproduto da fabricação dos queijos. Nesse processo, a massa de elementos sólidos do leite, mais rica em nutrientes, vai se concentrando e separando da parte líquida. É durante essa fase de ‘enxugamento’ dos queijos que surge o soro. No campo, ele costuma ser servido aos porcos...

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Sabores e aromas do Ceará...

Com o avanço da colheita dos melões no Rio Grande do Norte, no Ceará, na Bahia e no Pernambuco o preço da fruta vem despencando na porteira das fazendas. Só na semana passada, o preço do melão amarelo caiu 28%, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).

...do Espírito Santo e do Goiás

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O preço do mamão havaí também caiu pela terceira semana seguida devido ao avanço na colheita no Espírito Santo, o maior produtor do País. No Goiás, está sobrando melancia, tanto que há produtores deixando o fruto apodrecer na terra porque não compensa o custo com a colheita e o transporte. Nesta semana, a melancia atingiu o menor valor deste ano.

Filosofia do campo:

“No repique da viola balanceia o chão goiano/Vou fazer a retirada e despedir dos paulistano/Adeus que eu já vou me embora que Goiás tá me esperando”, Tião Carreiro (1934/1993), violeiro mineiro, em ‘Pagode em Brasília’.

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