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Nilson Regalado

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Métrica individualizada criada no MIT prova que você, leitor, terá menos dias ao ar livre

Grupo do MIT desenvolveu um software que comprovou o maior prejuízo à qualidade de vida de habitantes dos países abaixo da linha do Equador

04/04/2024 às 15:56  atualizado em 04/04/2024 às 16:01

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Movimentação de pessoas no parque do Ibirapuera

Movimentação de pessoas no parque do Ibirapuera | Rubens Cavallari/Folhapress

Um grupo de pós-doutores do Massachussets Institute of Technoology (MIT) desenvolveu um software que comprovou o maior prejuízo à qualidade de vida de habitantes dos países abaixo da linha do Equador por conta das mudanças climáticas em curso no Planeta. E o software é alimentado por informações fornecidas pelos próprios usuários de um site criado especificamente para o estudo.

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Essa característica permite uma interpretação individualizada de quais serão os impactos do aquecimento global na vida de cada usuário, com base em seus hábitos pessoais. E a constatação é que, enquanto moradores de países como Brasil, Colômbia, Austrália, Indonésia, Costa do Marfim e Angola passarão a conviver com menos dias disponíveis para atividades ao ar livre devido ao calor extremo, cidadãos de países ricos, como Canadá, Rússia e Estados Unidos, terão mais dias com temperatura amena para passear, praticar esportes e se divertir ao ar livre.

A investigação partiu da percepção de que, para a maioria das pessoas, saber que a temperatura média global subirá 1,5 grau Celsius ou 2 graus Celsius até o final do século não evoca uma imagem clara de como a vida cotidiana será realmente afetada.

A partir daí, os pesquisadores chegaram à conclusão que as pessoas só tomariam consciência do impacto do aquecimento global ao perceber quantos dias a menos teriam de lazer na comparação com dias atuais.
A nova medida, denominada “dias ao ar livre”, descreve o número de dias por ano em que as temperaturas em espaços abertos não são nem demasiado quentes nem demasiado frias. E a descoberta foi que o impacto do aumento das temperaturas nestes termos revela disparidades globais significativas.

E, na prática, são os próprios usuários que definem as temperaturas mais altas e mais baixas que consideram confortáveis para suas atividades. Em seguida, quem acessa o site deve clicar em um país no mapa-múndi e obter uma previsão de como o número de dias que atendem a esses critérios individuais mudará até o final do século. O site está disponível gratuitamente para qualquer pessoa consultar.

E a primeira conclusão do professor de Engenharia Civil e Ambiental do MIT, Elfatih Eltahir, um dos autores do estudo, é que haverá vencedores e perdedores: “No Norte Global, ganha-se um número significativo de dias ao ar livre. E quando você vai para o Sul Global são más notícias. Você tem significativamente menos dias ao ar livre. É muito impressionante”.

Mas, a disparidade também se manifesta entre os países da Europa. E os efeitos já se fazem sentir nos padrões de viagem: “Há uma tendência para as pessoas passarem mais tempo no norte da Europa. Eles vão para a Suécia e lugares como esse em vez do Mediterrâneo, que está apresentando uma queda significativa (no número de turistas)”.

Colocando este tipo de informação detalhada e localizada ao alcance das pessoas, em vez de olhar para as médias globais, o professor considera que “estamos a dizer como as alterações climáticas irão impactar você, as suas atividades”. E, acrescenta, “espero que isso ajude a sociedade a tomar decisões sobre o que fazer com este desafio global”.

O MIT é a universidade mais conceituada do mundo e, para derivar os dados, o software utiliza todos os modelos climáticos disponíveis, cerca de 50 deles. O site para calcular o impacto das mudanças climáticas na quantidade de dias ao ar livre que você, leitor, terá a partir de agora é eltahir.mit.edu/globaloutdoordays/.

Cientistas descobrem...
Pela primeira vez, cientistas identificaram um conjunto de células nervosas, situadas nas profundezas do cérebro, diretamente relacionadas com a manifestação do comportamento de busca compulsiva por comida. A descoberta, divulgada na revista Nature Communications, foi feita por pesquisadores da Universidade da California em Los Angeles, nos Estados Unidos, e da Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo.

...célula que provoca...
Trata-se de uma população de neurônios escondida na substância cinzenta periaquedutal, que fica na base do cérebro, em direção oposta ao córtex pré-frontal. Também conhecidas como células VGAT, elas usam o neurotransmissor ácido gama-aminobutírico, que regula a atividade neuronal. Estão presentes em várias áreas do cérebro e da medula espinhal, contribuindo para a modulação do humor, do sono, da ansiedade e da resposta ao estresse, entre outras funções.

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...busca compulsiva por comida
A descoberta abre caminho para futuros tratamentos contra transtornos alimentares.

Filosofia do campo:
“A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo”, Fernando Pessoa (1888/1935), poeta e filósofo português.

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