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Nilson Regalado

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Vinte países já restringem exportação de alimentos para conter fome e carestia

As retenções atingem principalmente grãos, óleos vegetais, frango e até algodão

27/05/2022 às 11:27  atualizado em 27/05/2022 às 12:11

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Garrafas com diferentes óleos

Garrafas com diferentes óleos | NewAfrica

O Fundo Monetário Internacional anunciou nesta semana durante o Fórum Econômico Mundial, na Suíça, que mais de 20 países já adotaram restrições à exportação de alimentos. Essas ações visam conter o avanço da fome nestes países e combater a carestia para seus cidadãos. Os mecanismos de proteção aos mercados locais vão desde a proibição total à exportação até a fixação de cotas capazes de garantir, primeiro, o suprimento interno, com o excedente liberado para o comércio exterior. As retenções atingem principalmente grãos, óleos vegetais, frango e até algodão.

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Na contramão desse movimento, o Brasil insiste no livre comércio. No último dia 18, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, defendeu as exportações para “promover a prosperidade e contribuir com a luta contra a fome e a má nutrição mundial”. A declaração foi dada em Nova Iorque.

O Brasil é o maior exportador mundial de café, soja, carne bovina e de frango e um dos maiores no milho. E vem batendo recordes no embarque desses alimentos nos últimos meses, enquanto os estoques da Companhia Nacional de Abastecimento atingem os níveis mais baixos deste século, como antecipou esta coluna em 1º de maio.

Com sede em Washington e presente em mais de 50 países, o International Food Policy Research Institute também tem observado o avanço do protecionismo.

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Uma das maiores fornecedoras globais, a Rússia proibiu vendas externas de girassol, trigo, centeio, cevada e milho até 30 de junho.

A Argentina restringiu a exportação de óleo e farelo de soja até o final de 2023.

Segunda maior produtora mundial de trigo, a Índia proibiu as vendas do cereal no último dia 14, depois que uma onda de calor fez os preços domésticos dispararam. O governo indiano também determinou que só o excedente de algodão poderá ser exportado. A justificativa é que as vendas ao exterior não podem provocar desabastecimento da indústria têxtil local, a maior geradora de empregos do país.

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A partir de quarta-feira, a Malásia vai reter toda carne de frango produzida em seu território. Isso significa 3,6 milhões de aves a menos no mercado global todo mês.

Já a Indonésia vetou a exportação de óleo de palma, concorrente dos óleos de soja e de girassol.

Importantes fornecedores regionais, Cazaquistão, Quirguistão, Argélia, Egito, Sérvia e Kwait também proibiram exportações de trigo, milho, óleos vegetais e massas por prazos que chegam até 31 de dezembro.

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E a Ucrânia não consegue exportar 20 milhões de toneladas de grãos devido à guerra...

Você faz sua parte?

Fundada em 1977 para combater crimes ambientais nos oceanos, a Sea Shepherd promove no próximo domingo a Campanha Ondas Limpas na Praia do Gonzaga, em Santos. O mutirão começa às 9 horas e quer alertar para o impacto do lixo na vida marinha. Segundo a ONG, nove milhões de toneladas de plásticos chegam ao mar todo ano, matando um milhão de aves e 100 mil animais. Detalhes em seashepherd.org.br.

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Filosofia do campo:

“Minha alma florescia como um áspero cactos”, Clarice Lispector (1920/1977), escritora e jornalista brasileira nascida na Ucrânia, em ‘Morte de uma baleia’.

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