O recente ataque de Israel ao Irã, atingindo inclusive instalações nucleares, é um alerta para o mundo. Não se trata de um ato isolado ou meramente defensivo.

Por trás dessa ofensiva, há um projeto de poder: manter influência geopolítica, esconder crises internas e alimentar a indústria da guerra.

Benjamin Netanyahu, cada vez mais acuado em Israel, usa o confronto para tentar sobreviver politicamente.

Do outro lado do mundo, Donald Trump rasga a constituição do seu país, embarca no conflito e também ataca, de olho no apoio do lobby armamentista e petrolífero.

A aliança entre os dois não é nova: é a velha fórmula imperialista de usar o conflito como trampolim eleitoral e instrumento de dominação.

O Irã, por sua vez, também tem responsabilidade. Suas ações militares na região e seu histórico de violações de direitos humanos não devem ser ignorados.

Mas isso não justifica ataques ilegais e unilaterais que colocam em risco toda a ordem internacional. A paz não se constrói com bombas — de nenhum lado.

Bombardear centros nucleares viola normas internacionais, ameaça a segurança de milhões de pessoas e abre precedentes perigosos para o futuro da humanidade.

Não se trata de escolher lados entre governos, mas sim entre a diplomacia e o caos, entre o direito internacional e a barbárie.

Diante disso, a posição do governo Lula foi clara e correta: condenou o ataque, reafirmou o compromisso com a paz e defendeu soluções políticas, não militares.

Em tempos de caos, fascismo à espreita e desinformação em massa, manter uma política externa soberana e responsável é mais necessário do que nunca.

A reconstrução da ordem internacional passa pela valorização da paz, do multilateralismo e do respeito entre os povos.

O Brasil tem lado — e é o lado da vida, da justiça e da paz.