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Algumas raças de cães possuem predisposição ao megaesôfago | /Flávia Quaresma
O megaesôfago é definido como a dilatação do esôfago. Pode ser primária ou secundária a alguma enfermidade. O sintoma mais comum é a regurgitação. Normalmente ocorre pneumonia associada por aspiração do alimento regurgitado, que é uma importante causa de mortalidade dos animais, visto que, agrava o quadro do paciente. O esôfago é um tubo muscular estriado que transporta alimentos e água da faringe (garganta) até o estômago, divide-se em três partes: cervical, torácica e abdominal.
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Qualquer alteração ou lesão em alguma parte deste percurso pode resultar em distensão e hipomotilidade esofágica, causando o megaesôfago. Algumas raças de cães possuem predisposição: Fox Terriers, Schnauzers miniaturas, Pastor Alemão, Dogue Alemão, Setter Irlandês, Shar Pei, Pug, Greyhound entre outras. Devem-se evitar cruzamentos de animais afetados, uma vez que pode ser hereditário, os filhotes afetados não crescem tão rapidamente como os irmãos. No exame físico é possível identificar um aumento de volume na região cervical, perda de peso, caquexia, tosse e o cão demonstra muita fome. Na auscultação torácica comum apresentar sintomas de pneumonia por aspiração.
A frequência e severidade da regurgitação variam entres os casos. Para obter o diagnóstico é necessário avaliar os sinais clínicos em conjunto com exames complementares, a radiografia é a parte mais importante do diagnóstico, um esôfago normal não é visível na radiografia, mas em casos de megaesôfago é possível identificar um esôfago aumentado contendo gás, fluidos ou alimentos. O tratamento médico consiste em refeições pequenas administradas várias vezes ao dia, em plano elevado, usando a gravidade a nosso favor e fazendo com que o alimento passe através do esôfago mais facilmente. Os cães podem ser treinados a comer com as patas dianteiras elevadas, apoiados sobre um banquinho. É imprescindível o tratamento da pneumonia por aspiração e da desnutrição que ocorre nestes casos. A intervenção cirúrgica está associada a uma elevada taxa de mortalidade, portanto não é indicada.
Colaboração: Angelica Mariano Gonçalves Gomes
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