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Número de candidatos bate recorde em São Paulo

Pela primeira vez na história, a capital paulista terá cerca de 2 mil candidatos a vereador

02/10/2020 às 19:55

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Câmara Municipal de São Paulo, na região central da capital paulista

Câmara Municipal de São Paulo, na região central da capital paulista | André Bueno/CMSP

Pela primeira vez na história, a capital paulista terá cerca de 2 mil candidatos a vereador. O número é o maior registrado pelo menos desde as eleições de 2008 e pode ser o maior da história, já que segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os números de 1994 a 2002 estão incompletos.

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O recorde de postulantes a um cargo na Câmara Municipal representa um aumento de 51,8% em relação ao pleito de 2016, quando foram 1.315 inscritos no TSE. Se por um lado é bom para a democracia, porque quanto mais opções de voto maior a pluralidade e representatividade nos cargos, por outro, fica sempre a impressão de que um cargo eletivo tem um quê de passaporte para um ‘emprego’ estável e com boa remuneração.

Em São Paulo, cada vereador recebe um salário de R$ 18 mil (reduzido por conta da pandemia, antes eram R$ 24 mil). Sem contar os benefícios como verba de gabinete mensal no valor de R$ 25 mil, auxílio-saúde de até R$ 1.079,93, entre outros benefícios que, para ser equivalente no mercado de trabalho, é preciso que o candidato à vaga de emprego tenha muita qualificação profissional.

Sabemos que a qualificação não é uma das maiores características dos políticos eleitos no País. Nas últimas eleições, de 2016, um em cada 3 vereadores eleitos no Brasil não tinha o ensino médio completo.

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A falta de escolaridade dos candidatos, no entanto, reflete a realidade da população brasileira, já que segundo a última pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2019, mais da metade das pessoas de 25 anos ou mais não completaram o ensino médio.

Um emprego com bom salário e estabilidade de 4 anos pode ser um dos interesses que fizeram a quantidade de candidatos inscritos ser recorde em 2020, porém é preciso citar que as campanhas, cada vez mais virtuais, se tornaram mais baratas e acessíveis.

Além disso quanto maior o número de candidatos que o partido lançar, maior a chance da sigla conseguir uma vaga na Câmara, já que está é a primeira vez das eleições sem coligação para vereador. Então somente os votos de cada partido servirão para calcular o coeficiente eleitoral que determina quantas cadeiras cada partido terá na Casa.

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Com mais opções, o trabalho do eleitor será dobrado este ano. Ano com pandemia, desemprego e crise econômica é um prato cheio para o eleitor fazer a escolha do vereador como se escolhesse um bom funcionário para a sua empresa, afinal de contas, é na cidade onde se vive, trabalha e se tira o sustento.

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