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Discordar do outro e ter opiniões divergentes faz parte do processo democrático, mas agredir o outro não faz. Da Reportagem
14/10/2018 às 12:58
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Esta semana, logo após o primeiro turno das eleições, as notícias sobre discussões, agressões e até uma morte por motivação política têm espalhado um clima de medo e tensão no País. Ainda no domingo, logo após o pleito, o mestre de capoeira, Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, foi assassinado a facadas dentro de um bar em Salvador (BA).
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Segundo a polícia, o assassino chegou no local gritando o nome do candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL) e o capoeirista defendia o candidato do PT, Fernando Haddad (PT).
Outro caso aconteceu na zona norte de Recife. A servidora pública Paula Pinheiro Ramos Pessoa Guerra, 37, foi espancada por uma mulher também no domingo, num bar, após criticar ideias do candidato do PSL. No sul do País, em Porto Alegre, uma jovem de 19 anos que tinha na mochila um adesivo com a bandeira LGBT e os dizeres “ele não”, foi agredida por três homens após revidar xingamentos do grupo. Com um canivete eles marcaram a barriga da jovem com traços que lembram a suástica. Todos os casos citados acima foram registrados na polícia. Não é fake news!
O ódio político fez o próprio Bolsonaro vítima da violência. Ele foi atacado com uma faca durante ato de campanha, em setembro, na cidade de Juiz de Fora (MG) —o agressor, Adélio Bispo de Oliveira, que segundo a Polícia Federal agiu sozinho, alegou motivação política.
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Depois dos casos de violência, o candidato do PSL chegou a se posicionar nas redes sociais dizendo que dispensa “voto e aproximação de quem pratica a violência contra eleitores que não votam em mim”, escreveu no Twitter.
O candidato do PT também comentou os casos de violência. “Eu penso que essa escalada, tem de ser posto um fim nisso, porque já houve uma morte com 12 facadas. Nós estamos recebendo mensagem de atos de violência em todo o País”, declarou em evento na zona sul de São Paulo.
De lados opostos do ponto de vista político, os dois candidatos concordam que a violência não é o caminho. Discordar do outro e ter opiniões divergentes faz parte do processo democrático, mas agredir o outro não faz. Infelizmente o preconceito e a violência enraizados ou camuflados, vieram à tona disfarçado de posição política.
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