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Até o momento, as autoridades contabilizam 193 mortos e 115 desaparecidos em Brumadinho | / Diogo Antunes/Futura Press/Folhapress
A Vale informou na sexta-feira o afastamento de dez funcionários citados em recomendação da força-tarefa que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho, no fim de janeiro. A decisão foi tomada pela diretoria da mineradora em reunião na quinta-feira.
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No último sábado (2), a companhia já havia comunicado o afastamento voluntário de três diretores e do presidente da companhia, Fabio Schvartsman. A saída deles também foi pedida pela força-tarefa e negociada com o conselho de administração da companhia.
A força-tarefa formada pelas Procuradorias federal e de Minas Gerais e pela Polícia Federal pediu ao todo o afastamento de 14 pessoas. Além de Schvartsman, já deixaram os cargos os diretores Peter Poppinga, Lúcio Cavalli e Silmar Magalhães, todos os três responsáveis por operações de minério de ferro.
Dentre os dez afastados na quinta, sete foram presos no dia 15 de fevereiro e liberados 13 dias depois: Joaquim Pedro de Toledo, Cristina Heloiza da Silva Malheiros, Renzo Albieri Guimarães Carvalho, Arthur Bastos Ribeiro, Alexandre de Paula Campanha, Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo e Felipe Figueiredo Rocha.
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Os outros três são Cesar Augusto Paulino Grandchamp, Washington Pirete da Silva e Rodrigo Artur Gomes de Melo, que era gerente executivo do complexo Paraopeba, onde fica a mina Córrego do Feijão. O restante está ligado à área de geotecnia da mineradora.
Em nota, a Vale disse que o afastamento dos funcionários atende aos interesses das investigações e segue diretriz institucional de "contribuir com todas as autoridades envolvidas na apuração dos fatos relacionados ao rompimento da barragem".
Até o momento, as autoridades contabilizam 193 mortos e 115 desaparecidos. A força-tarefa acusa a Vale de trocar a certificadora da barragem para atestar a estabilidade e contratar empresa certificadora "num contexto que caracterizava evidente conflito de interesses". (FP)
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