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Cotidiano

Apenas 18% das cidades brasileiras têm livrarias, aponta estudo do IBGE

A mesma pesquisa do IBGE revela que as lojas de fitas, CDs e DVDs conseguiram ganhar mais espaço até 2006, quando chegaram a 59,8% dos municípios

07/12/2019 às 01:00

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Segundo os dados de pesquisa do IBGE, em 2001, as livrarias estavam presentes em 42,7% dos municípios brasileiros

Segundo os dados de pesquisa do IBGE, em 2001, as livrarias estavam presentes em 42,7% dos municípios brasileiros | /WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL

O número de cidades brasileiras que têm ao menos uma livraria está em queda. É o que aponta uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada na última quinta-feira (5), com índices de um amplo estudo sobre o consumo de cultura em todo o País.

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Segundo os dados, em 2001, as livrarias estavam presentes em 42,7% dos municípios. Daquele ano até 2018 esse número caiu para 17,7%. Um levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) já havia apontado que entre 2007 e 2017 o número de estabelecimentos classificados como livraria ou papelaria havia encolhido 29% em todo território nacional.

A mesma pesquisa do IBGE revela que as lojas de fitas, CDs e DVDs conseguiram ganhar mais espaço até 2006, quando chegaram a 59,8 % dos municípios brasileiros. Depois, em período que coincide com o crescimento dos serviços de streaming, iniciou-se uma queda que leva à redução deste índice para 23,1%.

No ano passado, o IBGE divulgou uma pesquisa mostrando que serviços de streaming estavam em expansão entre brasileiros: foram utilizados por 16,1% dos domicílios que acessaram a internet em 2017, acima do registrado no ano anterior, 11,7%. Também é apontado que 81,8% dos brasileiros que acessaram a internet no ano retrasado declararam que uma das finalidades era assistir a vídeos, incluindo séries e filmes. Houve menos impacto, porém, nos cinemas. O número de cidades com salas cresceu até 2012, ainda segundo o estudo do IBGE divulgado agora, tendo chegado a 10,7% dos municípios naquele ano (em 2001, eram 7,5%). Hoje, após uma pequena redução, esse índice chegou a 10%.

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No caso de livrarias, é mais difícil atribuir o decréscimo ao crescimento nas vendas de versões digitais. Uma das pesquisas mais recentes sobre o consumo de e-books é de 2016, do Ibope, e mostra que 26% dos brasileiros já haviam lido algum livro em versão online.

Ao mesmo tempo, para o mercado de livros, esse consumo representa pouco mais de 1% do que é comercializado, segundo o Censo do Livro Digital, estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.

A nova pesquisa do IBGE também se dedica a um panorama do consumo de cultura pela população do país, e destaca algumas defasagens em grupos específicos, determinados por classificação de raça e faixa etária, por exemplo.

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Negros, segundo o estudo, têm menos acesso a cinemas e museus do que brancos no país, pois 37% da população brasileira preta ou parda reside em municípios onde não há nenhum museu -44%, onde não há cinema. Esse número cai para 25,4% em relação a brancos sem acesso a museu e 34,8% no caso de cinema.

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