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Funcionários da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo protestaram em frente à unidade na manhã desta quarta-feira | /Edu Guimarães/ SMABC
Na manhã desta quarta-feira, um grupo de funcionários realizou um protesto em frente a fábrica da Ford na cidade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Na tarde de terça-feira, a Ford anunciou através de um comunicado oficial o fechamento da fábrica neste ano e que vai parar de vender caminhões na América do Sul. O protesto foi liderado pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Aparecido Inácio da Silva.
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Segundo o presidente, já havia um processo de negociações que indicava para o fechamento da fábrica. "Quando um negócio vive em busca de benefícios, se sacrificando ou buscando alternativas pra sobreviver, não há como tornar o saldo positivo", apontou em entrevista ao "G1" Aparecido.
De acordo com a Ford, a decisão é "um importante marco no retorno à lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul".
"A Ford está comprometida com a América do Sul por meio da construção de um negócio rentável e sustentável, fortalecendo a oferta de produtos, criando experiências positivas para nossos consumidores e atuando com um modelo de negócios mais ágil, compacto e eficiente", disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.
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A Ford ainda disse que não mensurou a quantidade de funcionários afetados pelo encerramento das atividades da fábrica, mas que haverá um "número significativo". Na unidade trabalham cerca de 3 mil pessoas de diversos outros setores.
A montadora prevê uma despesa extra de US$ 460 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão a câmbio atual) por conta do encerramento das
operações.
Desses, cerca de R$ 360 milhões serão gastos na compensação de funcionários demitidos, concessionárias e fornecedores e vão impactar o caixa da empresa.
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Prefeitura.
Ainda na terça-feira, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), disse ter ficado surpreso com o anúncio da Ford. Em nota enviada à imprensa, Morando disse "pelo menos poderiam ter respeitado o Brasil e a nossa cidade."
O texto cita que Morando ficou "indignado com o fato da Ford não ter avisado e tampouco dialogado com ninguém sobre sua decisão de deixar de atuar no segmento de caminhões na América Latina."
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O documento ainda fala que a decisão da montadora vai afetar muitas famílias na cidade, direta e indiretamente, e qualificou a medida como covarde. "São 2.800 famílias diretamente e outras 2.000 indiretamente que mereciam uma chance de reagir, isso é uma covardia." (GSP)
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