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Cotidiano
Rappi e Uber. Entregador da Rappi sofreu AVC durante entrega; Procon-SP quer saber por que Apps não ofereceram socorro
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Thiago Jesus Dias tinha 33 anos e sofreu um AVC durante o trabalho no começo deste mês | /REPRODUÇÃO
Os aplicativos de entrega de comida Rappi e de transporte particular Uber foram notificados nesta quarta-feira pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP). As duas empresas devem prestar esclarecimentos em até 72 horas sobre a morte do entregador Thiago Jesus Dias, de 33 anos, no dia 8 de julho. Ele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) durante o trabalho na noite do dia 6. Segundo testemunhas, ele aguardou socorro por cerca de duas horas.
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A empresa Rappi foi questionada sobre como assegura o funcionamento dos serviços de entrega. "Em quais condições são feitas as entregas (tempo de retirada e de entrega), como se dá a política de remuneração dos entregadores (bônus e premiação), se existem exames prévios de saúde para o início das atividades como entregador, qual a carga horária de trabalho (por jornada ou por número de entregas) e como se dá o cumprimento das normas trabalhistas e administrativas", informou o Procon-SP.
O aplicativo deverá também informar quais os dados do entregador que morreu, por qual motivo não determinou providências urgentes para socorrê-lo, quais as medidas concretas adotou e se existe protocolo da empresa para esse tipo de situação.
Cabe ainda detalhar se haverá adoção de novas providências para evitar possíveis danos sofridos por seus entregadores e consumidores envolvidos em situações
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A MORTE.
De acordo com a cliente do aplicativo, a advogada Ana Luísa Pinto, logo ao chegar, por volta das 22h, o motoboy disse que estava com muita dor de cabeça, náusea e muito frio. "Sentamos ele no chão, trouxemos cobertores para aquecê-lo e logo ele nos pediu para avisar a Rappi que a entrega tinha sido feita", disse Ana Luísa.
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"Entramos em contato com a Rappi que, sem qualquer sensibilidade, nos pediu para que déssemos baixa no pedido para que eles conseguissem avisar os próximos clientes que não receberiam seus produtos no horário previsto", explicou.
Ana Luísa contou que ela e os amigos fizeram diversas ligações para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), polícia e bombeiro, mas ninguém foi ao local para socorrer Dias. Após duas horas aguardando socorro, a irmã Dayane Jesus Dias chegou ao local.
A irmã ainda enfrentou transtornos ao chamar um carro da Uber para ir ao hospital. O motorista solicitado recusou prestar atendimento e cancelou a corrida. Ela contou com a ajuda de um amigo de Dias que chegou de carro em seguida e foi com eles para o HC.
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Além do Rappi, o Uber também tem 72 horas para responder ao Procon-SP. (EC)
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