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O estudo mostrou que os porto-alegrenses são os que detém maior número de diagnósticos para depressão entre as capitais e o Distrito Federal | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e divulgada em abril revelou que Porto Alegre é a capital brasileira com maior percentual da população com diagnóstico médico de depressão. A cidade gaúcha tem 17,49% de seus habitantes convivendo com a doença segundo o levantamento.
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Os dados estão na pesquisa “Vigitel 2021”, realizada pelo Ministério da Saúde. O levantamento mapeia informações de saúde a partir do contato telefônico com pessoas de capitais de todos os estados do País.
O estudo mostrou que os porto-alegrenses são os que detém maior número de diagnósticos para depressão entre as capitais e o Distrito Federal. Com resultado muito similar, a capital mineira, tinha 17,15% de sua população sofrendo com depressão no ano passado.
No detalhe por gênero, ao considerar apenas as mulheres, Belo Horizonte lidera o ranking. Na cidade mineira, 23,03% das moradoras convivem com esta doença. A lista é seguida por Campo Grande e Curitiba onde 21,29 e 20,94% das mulheres enfrentam este problema, respectivamente.
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Ao considerar a população masculina o percentual de moradores das capitais com depressão é relativamente menor do que o resultado observado na população de mulheres. Em primeiro lugar aparece Porto Alegre, novamente, onde 15,66% convivem com o transtorno. A lista é seguida por Florianópolis e Rio de Janeiro, onde 12,91% dos cariocas têm a doença, assim como 11,73% dos florianopolitanos.
Veja o ranking completo abaixo:
Capitais brasileiras com maiores percentuais de população com diagnóstico de depressão. Arte: Gazeta de S. Paulo, com dados do Ministério da SaúdePopulação mais velha e mais escolarizada detém maior percentual de depressivos
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A pesquisa também detalhou resultados por idade e escolaridade. Neste cenário, os brasileiros que moram nas capitais com idade entre 55 e 64 anos são os mais depressivos entre as faixas etárias pesquisadas, com 13,20% desta população doente. Em seguida vem a faixa de 45 a 54 anos, com 12,03% da população com depressão.
Percentuais de moradores das capitais brasileiras com depressão, segundo faixas etárias. Arte: Gazeta de S. Paulo, com dados do Ministério da SaúdeO levantamento também aponta que os mais escolarizados apresentam maior percentual de sua população com este diagnóstico médico. Entre aqueles que possuem 12 ou mais anos de estudo, 12,06% enfrentam problemas relacionados à depressão.
Brasileiros demoram 39 meses, em média, para pedir ajuda
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Uma outra pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, a pedido da empresa farmacêutica Janssen revelou que Brasileiros demoram, em média, 39 meses - ou seja, 3 anos e 3 meses - para procurar ajuda médica para tratamento de depressão.
Apesar de os pensamentos suicidas terem incomodado cerca de 4 em cada 10 respondentes antes de buscar o diagnóstico, a demora em procurar ajuda especializada ocorreu, principalmente, pela falta de consciência de se tratar de uma doença (18%), por resistência (13%) e medo do julgamento, da reação dos outros ou vergonha (13%).
Apenas 10% acreditam que a depressão é uma doença com base biológica (e repercussões físicas no corpo). Outros 35% acham que a enfermidade não pode ser tratada com medicamento e 36% acreditam que, para superar a doença, é preciso força de vontade.
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Outro estudo recente, publicado na revista The Lancet, aponta que até 80% das pessoas afetadas pela doença no mundo sequer sabem de seu diagnóstico.
O Brasil é o quinto país com mais incidência de depressão no mundo.
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