Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Asfalto em ruas com paralelepípedos causa polêmica na cidade de 11 mil habitantes; prefeitura diz que não pretende asfaltar todas as vias | /Divulgação PMB
Um plano da prefeitura de recobrir com asfalto as ruas calçadas com paralelepípedos causa polêmica na cidade turística de Bocaina. Os moradores contrários ao projeto criaram um abaixo-assinado e se mobilizaram pelas redes sociais em defesa das ruas de pedras que consideram históricas. A prefeitura alega que apenas as ruas de acesso à Santa Casa, por onde transitam ambulâncias, estão ganhando o recape
asfáltico.
Continua depois da publicidade
A cidade, de 11.810 habitantes, tem como seu patrimônio histórico mais importante a igreja matriz, construída em 1910 e que abriga um acervo de pinturas de Benedito Calixto, um dos artistas mais renomados do País no passado. O centro histórico possui também casarões centenários bem preservados, muitos deles da época dos barões do café. No ano passado, a cidade foi incluída na relação de municípios de interesse turístico do Estado de São Paulo.
Para o farmacêutico Benedito Alexandre, as ruas com paralelepípedos fazem parte do contexto histórico de Bocaina. "É quase uma exclusividade nossa, pois poucas cidades preservaram as ruas com essa pedra." O fotógrafo Antonio Teixeira também defende as ruas de pedras, mas critica a falta de conservação. "Se for para restaurar e preservar, como foi feito nos anos 90, tudo bem, caso contrário é melhor o asfalto." A dona de casa Izilda Azevedo prefere que as pedras sejam cobertas pelo asfalto. "São muito lisas e podem causar acidentes".
O diretor de Turismo da prefeitura, Carlos Alberto Cunha, disse que a prefeitura não pretende asfaltar todas as ruas calçadas com paralelepípedos, embora a manutenção de ruas com pedras, segundo os cálculos dos técnicos municipais, custe até três vezes mais do que as vias asfaltadas. "Temos 72 quarteirões calçados com pedras e apenas duas ruas já receberam o recape asfáltico nessa gestão. Foram 200 metros na rua XV de Novembro e outros 200 na Tiradentes".
(EC)
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade