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Fachada da Catedral Metropolitana de Campinas na Praça José Bonifácio. | /Rovena Rosa/Agência Brasil
O inquérito policial que investigou a chacina na Catedral Metropolitana de Campinas, no interior paulista, ocorrida em dezembro do ano passado, concluiu que o autor dos disparos agiu sozinho e era portador de transtorno psíquico, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). O inquérito policial foi relatado e já encaminhado ao fórum.
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O atirador Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, matou cinco pessoas e feriu outras três com uma pistola comprada ilegalmente. De acordo com o delegado-chefe do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 2), José Henrique Ventura, a arma com a qual o atirador fez 22 disparos, incluindo o que tirou a própria vida, é de uso exclusivo das Forças Armadas ou Polícia Federal.
Na época do crime, a polícia apreendeu vários pertences pessoais de Euler Grandolpho em sua residência, como um notebook, um celular e um bloco de anotações. Os registros escritos mostravam, segundo Ventura, que o autor do ataque tinha pensamentos paranóicos e confusos.
Anotações.
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Em trechos de novas anotações do atirador da Catedral de Campinas, quatro dias após o ataque, ele fala da vontade de "fazer algo grande" para chamar a atenção do Estado e menciona "massacre". Euler fala em "carregar a CZ", em referência à pistola semiautomática 9 mm que usou nos assassinatos.
Os escritos foram encontrados em nova busca feita pela Polícia Civil no quarto de Grandolpho, na casa da família, em Valinhos. Para o delegado José Henrique Ventura, diretor do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter 2) de Campinas, as datas nas anotações indicam que ele tinha a arma havia ao menos um ano. "As munições também são antigas, indicando que ele podia estar preparando isso (o ataque) há algum tempo", disse.
O conjunto de anotações foi encontrado em nova vistoria no cômodo, onde os policiais acharam também quatro carregadores de 9 mm vazios, além de muita munição solta. Nos escritos, Euler reclamava de perseguição e da falta de ação da polícia contra os supostos perseguidores. "Infelizmente (sic) elas só param com ajuda profissional (o Estado negou, minha família negou) ou com um massacre".
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Após criticar os familiares, que chamou de "deficientes mentais", ele escreveu: "Tenho que fazer algo 'grande' p/q isso provoque a necessidade do 'estado' fazer uma investigação rigorosa do q. aconteceu e quem são os verdadeiros culpados." Em outro trecho das anotações, o atirador cita a sigla de um game de tiros.
As datas nos textos indicam que muitas anotações eram recentes.
(AB e EC)
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