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Cotidiano

Atirador que matou 3 em shopping na Dinamarca tinha problemas mentais

O cantor britânico Harry Styles se apresentaria às 20h em uma casa de shows a cerca de 1 km do local do ataque

04/07/2022 às 09:39  atualizado em 04/07/2022 às 09:46

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Atirador tinha 17 anos de idade

Atirador tinha 17 anos de idade | Reprodução/Globonews

A polícia dinamarquesa afirmou que três pessoas foram mortas a tiros e outras três estão em estado grave após um ataque neste domingo (3) em um shopping center de Copenhague, numa ação que a primeira-ministra do país, Mette Frederiksen, descreveu como cruel. De acordo com informações do portal "g1", o atirador tinha histórico de problemas mentais.

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"Envio a minha mais profunda solidariedade para aqueles que perderam seus entes queridos", disse ela no Twitter. "Nossa bela e em geral tão segura capital se transformou em uma fração de segundo."


O incidente ocorreu dentro do centro comercial Field's, no bairro de Amager, a cinco quilômetros do centro da cidade. O chefe da polícia, Soren Thomassen, afirmou que o suspeito é um dinamarquês de 22 anos e acrescentou que não é possível descartar que a ação tenha sido um ato terrorista.


Ele disse ainda que não há indicações de que tenha havido a participação de outro atirador e se recusou a responder quais seriam as motivações do autor do ataque ou se ele era conhecido pela polícia.

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Um porta-voz do Rigshospitalet, o principal hospital da capital dinamarquesa, disse à agência de notícias Reuters que o centro médico havia recebido um "pequeno grupo de pacientes" para atendimento, possivelmente mais de três, e que cirurgiões e enfermeiros foram chamados para reforçar a equipe.


No Twitter, a polícia pediu o envio de imagens e de detalhes relevantes que ajudem na investigação. Veículos locais publicaram registros de pessoas correndo em pânico para fora do centro comercial, e um vídeo não verificado exibido pela mídia dinamarquesa mostra um homem com um fuzil dentro do local.


Uma mulher que estava no shopping no momento do incidente disse que, inicialmente, as pessoas acharam que o atirador era um assaltante. "De repente, ouvi tiros e me joguei atrás do balcão de uma loja", afirmou Rikke Levandovski. Outra testemunha disse ter ouvido cerca de dez tiros. Segundo outros relatos, o suspeito tentou enganar as vítimas, dizendo que a arma era falsa. "Ele era suficientemente psicopata para perseguir as pessoas, mas ele não corria", disse uma testemunha à emissora pública DR.

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Hoje, de acordo com o último relatório do Serviço de Segurança e Inteligência da Dinamarca, o risco de terrorismo no país é definido como "sério", com o "islamismo militante" como maior ameaça. Já a chance de haver ações de extremistas de direita recebeu o rótulo de "geral", ou seja, pode haver planos do tipo.


O último ataque terrorista na Dinamarca foi em 2015. À época, um atirador matou duas pessoas e feriu seis policiais. O incidente ocorreu num centro cultural que abrigava debates sobre liberdade de expressão e em uma sinagoga no centro de Copenhague. O atirador foi morto pela polícia.


Devido ao ataque, um evento no sul do país para comemorar o fim das três primeiras etapas da corrida de ciclismo Tour de France, organizado pelo príncipe herdeiro dinamarquês e com a presença da primeira-ministra Mette Frederiksen, foi cancelado na noite de domingo, informou a Casa Real em um comunicado.

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O cantor britânico Harry Styles se apresentaria às 20h, no horário local (15h em Brasília), em uma casa de shows a cerca de 1 km do shopping center alvo do ataque. A apresentação foi cancelada.


"No início, pensamos que as pessoas estavam correndo porque viram o Harry Styles, mas percebemos que elas estavam em pânico. Corremos por nossas vidas", afirmou Cassandra, que estava no local.


A prefeita de Copenhague anunciou a criação de um grupo de crise para tratar do episódio. As ruas ao redor do shopping foram fechadas, e a circulação do metrô, suspensa, segundo a agência de notícias AFP.

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O ataque na Dinamarca ocorre logo depois de um incidente semelhante na vizinha Noruega, no último dia 24, quando duas pessoas foram mortas e ao menos 21 ficaram feridas devido à ação de um atirador em um bar gay na capital Oslo. A Parada do Orgulho Gay, que ocorreria no dia seguinte, foi cancelada.

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