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O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta quinta-feira, ao cargo de procuradorgeral da República o subprocurador-geral da República Augusto Aras. O nome ainda precisa ser aprovado pelo Senado. Segundo a reportagem apurou, os dois conversaram por telefone no início da tarde de ontem.
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Aras substituirá Raquel Dodge, cujo mandato acaba no dia 17 de setembro. Como o prazo para a tramitação no Senado é curto, o mais provável é que haja um período de transição entre Dodge e o novo indicado.
A condução interina da Procuradoria-Geral da República (PGR), nesse caso, pela lei, ficaria incumbida ao vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Alcides Martins, subprocurador-geral da República.
Nos últimos meses, Aras se reuniu com Bolsonaro ao menos cinco vezes, fora da agenda do presidente. A escolha do subprocurador também expõe mais uma vez o desprestígio do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que foi escanteado das discussões sobre o sucessor de Raquel Dodge.
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Em agosto, durante entrevista, o ministro da Secretaria-geral, Jorge Oliveira, disse que houve alguns procuradores que se apresentaram como candidatos ao presidente sem concorrer a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), e o que teve a "maior projeção" foi o Aras.
Em entrevista ao "Estado", Aras defendeu uma "disruptura" no Ministério Público para a instituição "retomar os trilhos" da Constituição e superar o aparelhamento em seus órgãos.
O subprocurador também disse na ocasião que o Brasil chegou a um "grau baixíssimo de democracia" com a perda da credibilidade das instituições, o grau de corrupção e a "criminalização da política associada à grave crise econômica".
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"No Estado democrático de direito, as instituições políticas, jurídicas, sociais não funcionarão bem sem sistemas de freios e contrapesos. A Lava Jato é uma dessas grandes ferramentas para a mudança da cultura do País, em prol do seu aprimoramento social, cultural, moral, econômico e político",
comentou.
O nome de Aras também foi defendido por um amigo e aliado de longa data do presidente, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que acompanhou as conversas que ocorreram entre os dois nas últimas semanas.
(EC)
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