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06/06/2019 às 01:00
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Por falta de informação, muitas vezes esses materiais são enviados diretamente para o resíduo comum | Emerson Ferraz/GPE/SECOM
A cooperativa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (Coopermiti) contará com dois novos pontos temporários de coleta no bairro da Lapa, em São Paulo, como parte das atividades da Semana Mundial do Meio Ambiente. Com os coletores na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e no Poupatempo, o objetivo é conscientizar e educar o público para o descarte correto dos resíduos eletrônicos que se acumulam em casa. Os dois pontos já estão prontos para receber os eletroeletrônicos quebrados ou sem uso.
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Segundo o presidente da Coopermiti, Alex Pereira, quando se pensa em reciclagem de eletroeletrônicos vale lembrar de que para fabricá-los é preciso extrair recursos da natureza. "Nosso celular, nosso computador, nosso secador de cabelo, nossa sanduicheira, tudo isso vem de recursos da natureza. Devasta para fabricar equipamentos que a gente precisa, porque é difícil imaginar o mundo sem tecnologia".
Por esse motivo, se esses eletroeletrônicos não forem descartados corretamente, além de aumentar o prejuízo ambiental, porque haverá poluição do solo e da água, perde-se a oportunidade de reaproveitar esses recursos que saíram da natureza, tendo então de voltar a buscar mais matéria-prima.
Pereira explicou que no Brasil há um atraso expressivo com relação à consciência ambiental, porque a maioria das pessoas acredita que o problema é dos outros ou do governo, e não se lembra de que todos são responsáveis. "Esse é um paradigma a ser quebrado porque nós, como consumidores, já nos educamos a pesquisar o fornecedor antes de adquirir o produto. Mas com o descarte, não fazemos isso. Não nos preocupamos se o local onde vamos descartar é adequado para aquele tipo de resíduo".
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De acordo com Pereira, o equipamento eletrônico exige técnica para o manuseio, pois quando está montado não causa danos, mas no momento do desmonte, além de oferecer risco ao trabalhador, começa a expor alguns contaminantes. Por falta de informação, muitas vezes esses materiais são enviados diretamente para o resíduo comum e acabam em aterros sanitários, que são o pior destino para eles, porque passam a ser perigosos quando expostos ao sol e à chuva, uma vez que podem liberar substâncias como mercúrio, cádmio, cobre e cromo, entre outros. (AB)
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