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Cotidiano
Segundo entidade, alto número de afastamentos é resultado de assédio moral e de pressão abusiva por cumprimento de metas
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Agência da Caixa | Roberto Gardinalli/Futura Press/Folhapress
O Comando Nacional dos Bancários anunciou nesta segunda-feira que é alarmante o número de afastamentos da categoria por motivo de saúde. Os dados foram apresentados à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que se comprometeu a avaliar a situação dos trabalhadores.
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De acordo com dados do INSS, 20.669 bancários foram afastados no País em 2020, um crescimento de 26,2% em relação a 2015, com 16.375 afastamentos.
"Apresentamos números de afastamentos alarmantes na categoria, consequência de um cotidiano exaustivo de trabalho, com o enfrentamento de metas abusivas e assédio moral. Sabemos que o alto índice de adoecimento está relacionado a uma pressão abusiva por cumprimento de metas", disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional.
Nos últimos cinco anos o número de afastamentos nos bancos aumentou 26,2%, enquanto no geral a variação foi de 15,4%. "Os bancos se enquadram entre as empresas com maior risco de acidente de trabalho ou doença ocupacional no Brasil", completou Ivone Silva.
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De acordo a entidade sindical, os bancos são responsáveis por menos de 1% do estoque de empregos e 3% do total de afastamentos por doenças no País.
Considerando apenas os afastamentos acidentários, os transtornos mentais e comportamentais (como estresse, depressão e síndrome do pânico) corresponderam a 55% em 2021.
Recentemente, o banco Santander foi condenado a pagar indenização de R$ 275 milhões por danos morais coletivos em razão de metas abusivas e assédio moral que resultaram em adoecimentos mentais dos funcionários. A decisão da 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) foi resultado de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
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