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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) participou de cerimônia do Exército nesta quarta-feira, em São Paulo | /Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou seu discurso em uma cerimônia do Exército nesta quarta-feira, em São Paulo, para tranquilizar militares sobre a reforma da Previdência. Um dia antes, ele foi chamado de traidor por um grupo de policiais dentro da Câmara.
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"A reforma da Previdência atenderá a todos. Fiquem tranquilos meus colegas das forças auxiliares. O sacrifício tem que ser dividido para todos, para que possamos colher os frutos lá na frente", discursou.
As forças auxiliares compreendem policiais militares e bombeiros.
Em outros momentos, Bolsonaro fez elogios aos militares, referindo-se a eles como irmãos, e buscou exaltar seu passado no Exército. Falou, por exemplo, que a experiência nas Forças Armadas foi fundamental em sua trajetória e que, como os colegas, um dia jurou "dar a vida pela pátria".
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"Obrigado, Forças Armadas e forças auxiliares, pela nossa segurança, pela nossa democracia e pela nossa liberdade", disse ele.
Como mostrou a "Folha de S.Paulo", Bolsonaro entrou em campo para defender interesses de carreiras da segurança ligadas à União na reforma previdenciária. Os profissionais, que têm grande peso na base eleitoral do presidente, fazem pressão para evitar que sejam prejudicados pelas novas regras.
Nesta terça (2), policiais que cobram regras de transição mais suaves protestaram contra o presidente em Brasília. Um grupo marchou em direção ao Congresso enquanto gritava: "Acabou o amor, Bolsonaro traidor".
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Bolsonaro também salpicou no discurso desta quarta referências ao encontro do G20 e ao acordo entre Mercosul e União Europeia.
Na linha de declarações que fez no Japão, afirmou: "O Brasil é um país independente, o Brasil é um país que tem autonomia, é um país que não será subjugado ou tutelado por quem quer que seja".
Ele também mencionou o governo anterior, do MDB, ao dividir o mérito do fechamento do acordo com a UE. "O fruto dessa viagem [ao Japão], o sucesso do encontro do G20, bem como depois do impulso do governo anterior, Michel Temer, nós consolidamos um dos acordos mais promissores de todo o mundo." Para ele, a conclusão do tratado se deve ao fato de que o Mercosul "não mais se pauta pelo viés ideológico, e sim pelo viés do livre comércio".
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O evento do Exército marcou a troca de chefia no Comando Militar do Sudeste. O general Luiz Eduardo Ramos deixa o posto militar para assumir a Secretaria de Governo da Presidência. Ele substitui o general Carlos Alberto Santos Cruz, demitido no mês passado.
À frente do comando militar ficará o general Marcos Antonio Amaro dos Santos. No Exército desde 1974, ele já atuou na Presidência da República, como adjunto da Casa Militar e do Gabinete de Segurança Institucional, no governo Dilma Rousseff (PT). (FP)
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