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Cotidiano

Bolsonaro afirma que ninguém tem que perturbar seu governo por questões ambientais

O presidente sugeriu a jornalistas que mudassem o tema das perguntas e que se o agronegócio não puder ser desenvolvido, a imprensa terá de comer capim

21/11/2019 às 12:10  atualizado em 21/11/2019 às 12:20

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Bolsonaro fala com pessoas na saída do palácio da Alvorada como faz todos os dias

Bolsonaro fala com pessoas na saída do palácio da Alvorada como faz todos os dias | Antonio Cruz/Agência Brasil

Um dia depois de dizer que desmatamento é cultural no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (21) que ninguém pode perturbar seu governo por questões ambientais. Ele sugeriu ainda a jornalistas que mudassem o tema das perguntas e que se o agronegócio não puder ser desenvolvido, a imprensa terá de comer capim. 

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"Como o Brasil está na questão ambiental no momento? 61% está tudo preservado. Qual país do mundo tem isso? Nenhum. Então ninguém fica perturbando a gente na questão ambiental", afirmou ao sair do Palácio da Alvorada.

O presidente foi questionado sobre a intenção anunciada na quarta (20) do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de cobrar dos países desenvolvidos mais aportes para a aplicação no desenvolvimento da região da Amazônia durante a Conferência das Nações Unidos sobre Mudanças Climáticas, a COP 25. 

Em resposta, disse não ter falado sobre o tema com Salles ainda. 

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Durante reunião com governadores da região amazônica, o ministro tratou da estratégia do governo na próxima COP 25, que será realizado em Madri, na Espanha, entre 2 e 13 de dezembro. 

Questionado se não via um problema em o ministro ir para o encontro, que teve uma edição prevista para o Brasil cancelada, Bolsonaro negou. 

"Não tenho problema nenhum com ministro. Mais alguma pergunta de outra área ai? Meio Ambiente acabou", disse.

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O presidente voltou a criticar países europeus, que cobram dele uma postura mais rigorosa com meio ambiente.  

"Qual é a mata ciliar nos rios da região Europeia? Um palmo? Vejam isso. O mundo está cedendo por alimentos. Nós só temos a máquina da nossa economia é o agronegócio. Querem enterrar o agronegócio? Querem que eu cumpra o que alguns líderes queriam na primeira reunião lá fora comigo: passar de 14% para 20% a reserva indígena? Querem acabar com o Brasil? Acaba, vocês vão comer capim. Vocês da imprensa. Vocês da imprensa vão comer capim porque não vai ter mais alimento no campo", disse. 

No período de agosto de 2018 e julho de 2019, o Brasil bateu o recorde nesta década de destruição na floresta amazônica. Segundo o sistema de monitoramento Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia), foram desmatados 9.762 km², um aumento de 29,5% em comparação com o ano anterior.

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Apesar de o presidente Bolsonaro tratar como cultural a questão do desmatamento, o Salles disse na quarta que o governo espera reduzir a destruição ilegal do bioma já em 2020. Ele, contudo, não apresentou nenhuma meta. 

"O nosso objetivo de redução tem como base a evolução histórica", declarou Salles, após uma reunião com os governadores da Amazônia Legal. "Mais importante do que estabelecer metas numéricas é estabelecer uma estratégia, que é o alinhamento do governo federal com os estados. Isso ficou 100% estabelecido hoje", disse

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