A+

A-

Alternar Contraste

Domingo, 15 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Bolsonaro cobra ministro evangélico no STF

EM EVENTO RELIGIOSO. Presidente questionou se a corte não estaria 'legislando' ao julgar criminalização da homofobia

Matheus Herbert

01/06/2019 às 01:00

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Jair Bolsonaro já disse que a primeira vaga está reservada ao ministro Sérgio Moro, da Justiça

Jair Bolsonaro já disse que a primeira vaga está reservada ao ministro Sérgio Moro, da Justiça | /Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em evento na sexta-feira na igreja Assembleia de Deus, em Goiânia, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) cobrou um ministro evangélico no STF (Supremo Tribunal Federal).

Continua depois da publicidade

"Será que não está na hora de termos um ministro do STF evangélico?", perguntou o presidente, ao falar para um público da igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira. O presidente ainda questionou se a corte não estaria "legislando", ao julgar uma ação que trata da criminalização da homofobia.

Sua fala foi seguida de uma forte salva de palmas, e os presentes chegaram a levantar em sinal de aprovação às palavras do presidente.

A indicação de ministros do Supremo é uma atribuição do presidente da República, que depois precisa ser aprovada pelo Senado. Até o fim de seu mandato, Bolsonaro poderá indicar ao menos dois deles.

Continua depois da publicidade

O primeiro ministro do Supremo que deve deixar a corte é o decano Celso de Mello, que completa 75 anos - a idade de aposentadoria obrigatória - em novembro de 2020. A segunda vaga no STF deve ficar disponível com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.

Bolsonaro já disse que a primeira vaga está reservada ao ministro Sergio Moro (Justiça), ex-juiz da Lava Jato. Questionada, assessoria da Justiça disse desconhecer a religião do ministro.

Bolsonaro participou nesta sexta-feira, em Goiânia, da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).

Continua depois da publicidade

O assunto STF foi abordado por Bolsonaro quando ele mencionou o julgamento sobre a criminalização da homofobia. "Existe algum entre os 11 ministros do STF evangélico, cristão?", indagou.

Ao tratar do tema, Bolsonaro disse que a imprensa que estava presente no evento "vai ter que desvirtuar algo" da sua fala.

Pedindo desculpas ao STF, a quem disse que não pretendia atacar, disse: "Desculpa o Supremo. Eu jamais atacaria um outro Poder, mas não estão legislando?"

Continua depois da publicidade

Bolsonaro disse que o Estado é laico, mas ele, cristão. "Se me permitem plagiar a ministra Damares, eu também sou terrivelmente cristão", falou.

Em nova crítica à imprensa, o presidente disse: "Não me venha a imprensa dizer que quero misturar a Justiça com religião".

Bolsonaro encerrou o discurso de 17 minutos sob fortes aplausos e gritos de "mito", que por algumas vezes interromperam sua fala. "A palavra, a fé, tem que estar presente em cada instituição do Brasil", disse.

Continua depois da publicidade

Na semana passada, o Supremo formou maioria (seis votos) para enquadrar a homofobia e a transfobia na lei dos crimes de racismo até que o Congresso Nacional aprove lei sobre o tema.
(EC)

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados