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Bolsonaro voltou a fazer críticas ao cacique Raoni Metuktire, que segundo ele "vive tomando champanhe" em países europeus | /Antonio Cruz/ Agência Brasil
Em um discurso improvisado, feito a um grupo de garimpeiros em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que o discurso estrangeiro favorável à floresta amazônica não está preocupado com a preservação ambiental ou com a proteção dos índios.
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Na entrada do Palácio do Planalto, onde subiu numa cadeira para discursar, ele disse que o interesse não é na "porra da árvore" e voltou a fazer críticas ao cacique Raoni Metuktire, que segundo ele "vive tomando champanhe" em países europeus.
"O interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério. O Raoni fala pela aldeia dele, fala como cidadão, [mas] não fala por todos os índios, não. É outro que vive tomando champanhe em outros países por aí", disse.
O presidente atendeu a manifestação de representantes da Coomigasp (Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada), que havia protestado mais cedo no Palácio do Alvorada.
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Os representantes da entidade, que se reuniram com Bolsonaro também no gabinete presidencial, pedem que seja deslocado um contingente das Forças Armadas a Serra Pelada, no Pará, para proteger a atividade do garimpo.
"Vocês foram felizes no tempo do [presidente militar João] Figueiredo. A legislação era outra e eu tenho de cumprir a lei. Por isso que eu digo a vocês: se tiver amparo legal, eu boto as Forças Armadas lá", disse. O grupo acusa a empresa mineradora Vale de avançar sobre a área demarcada para a exploração da cooperativa, por meio de túneis subterrâneos. Eles solicitam que as licenças passem a ser dadas pelo governo federal, não mais pelos estaduais e municipais.
"As fotografias que eu vi, gostaria que a nossa imprensa fizesse um trabalho nesse sentido, mostram túneis em que entram um ônibus duplo de tanto de ouro que tiraram da região de vocês", disse o presidente.
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Ele ressaltou, no entanto, que o poder público "não vai desrespeitar contrato com ninguém" e que pretende buscar uma maneira de solucionar a situação no Pará, porque, segundo ele, "não pode continuar como está". (FP)
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