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O ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) participaram de comemoração da Marinha | /ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Após se reunirem pela primeira vez desde que o ministro Sergio Moro (Justiça) teve mensagens vazadas, ele e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) mantiveram silêncio nesta terça-feira.
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Os dois conversaram por cerca de 20 minutos no Palácio da Alvorada e de lá partiram juntos num barco para cerimônia da Marinha, onde o ex-juiz foi condecorado pelo presidente.
A conversa entre eles não estava prevista inicialmente nas agendas públicas e durou cerca de 20 minutos.
O Ministério da Justiça se manifestou só por meio de nota, dizendo que Moro e Bolsonaro tiveram uma conversa "tranquila" sobre "a invasão criminosa" de celulares de juízes, procuradores
e jornalistas.
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Segundo o texto enviado pela assessoria de imprensa, "o ministro rechaçou a divulgação de possíveis conversas privadas obtidas por meio ilegal e explicou que a Polícia Federal está investigando a invasão criminosa".
"A conversa foi bastante tranquila. O ministro fez todas as ponderações ao presidente, que entendeu as questões que envolvem o caso", afirmou a equipe de comunicação de Moro.
Bolsonaro vem mantendo distanciamento sobre o vazamento de uma troca de mensagens entre Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, quando ambos atuavam na Operação Lava Jato. O conteúdo, divulgado no domingo (9) pelo site "The Intercept Brasil", mostra uma troca de colaborações entre eles.
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O presidente mantém silêncio enquanto seus filhos e alguns de seus ministros falam em "ação orquestrada" contra Moro e ataque
à Lava Jato.
O ministro permaneceu ao lado de Bolsonaro durante quase uma hora, enquanto participavam da comemoração aos 154 anos da batalha do Riachuelo. Na saída, os dois evitaram falar com
a imprensa.
Após a cerimônia, Moro foi do evento ao Congresso almoçar com parlamentares de centro, filiados a legendas como DEM (6), PL (ex-PR) (2) e PSC (1).
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O ex-juiz chegou minutos antes do horário previsto, 13h, e, cercado por seguranças, entrou no gabinete dizendo que não faria
comentários.
O momento é delicado para o ministro no Legislativo. Já foram apresentados requerimentos de convocação para que ele preste esclarecimentos e parte da oposição quer abrir uma CPI (comissão parlamentar de inquérito).
A instalação da CPI, no entanto, não é consenso. Senadores do PT dizem que preferem esperar o que mais vai aparecer e, além disso, querem focar em outra comissão que deve ser criada para apurar fake news nas eleições de 2018.
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Na segunda (10), o
porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, descartou a possibilidade de demissão de Moro do Ministério da Justiça.
"Jamais foi tocado nesse assunto", afirmou ao ser questionado sobre a possibilidade de Moro deixar o cargo.
(FP)
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