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Há hoje 300 mil venezuelanos em risco de morte na Venezuela, disse Guaidó ao lado de Bolsonaro | /Antonio Cruz/Agência Brasil
O líder opositor Juan Guaidó, reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino da Venezuela, afirmou na tarde desta quinta-feira, que há hoje 300 mil venezuelanos em risco de morte. Esses venezuelanos, segundo ele, não puderam nem contar com a entrega da ajuda humanitária internacional ao país. A declaração foi dada após reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também participou da reunião.
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Bolsonaro, por sua vez, prometeu ajudar o líder opositor venezuelano a reestabelecer a democracia na Venezuela. Bolsonaro disse que as ações do Brasil na crise se pautarão pela legalidade e as tradições diplomáticas brasileiras e pelo que foi definido pelo Grupo de Lima - bloco de países da região que monitora a crise.
"Apoiamos todas as resoluções do Grupo de Lima para o objetivo que interessa a todos nós: liberdade e democracia na Venezuela", disse o presidente. "Não pouparemos esforços dentro da legalidade e de nossas tradições para reestabelecer a democracia na Venezuela: eleições limpas e confiáveis. Seu país pode contar conosco para a recuperação
econômica."
O presidente também vinculou a crise no país ao apoio de governos brasileiros que o antecederam e apoiaram o chavismo, em uma aparente crítica indireta ao PT. "Dois ex-presidentes do Brasil tiveram culpa no que esta acontecendo na Venezuela", disse. "Graças a Deus, o povo aqui acordou e se mirou no que acontecia no seu país e resolveram dar um ponto final no populismo e na demagogia."
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O presidente concluiu seu pronunciamento dizendo que tanto ele quanto Guaídó buscam "uma igualdade na prosperidade" para seus países. "Já te chamo de irmão de agora em diante se assim me permite", afirmou. "Estamos juntos a partir de agora e conte conosco." "Deus é brasileiro e venezuelano", concluiu Bolsonaro.
Antes, Guaidó almoçou na residência oficial do embaixador do Canadá e se reuniu com embaixadores de países que o reconhecem como presidente interino da Venezuela na representação da União Europeia no Brasil. Antes de chegar para o encontro com Bolsonaro, Guaidó fez uma parada no Itamaraty, que não estava prevista.
Ele foi recebido com pompa no Palácio do Planalto, com tapete vermelho e recepção da guarda presidencial feita pelos Dragões da Independência. Após a reunião, Guaidó e Bolsonaro farão uma declaração conjunta à imprensa.
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Guaidó, que burlou uma ordem que o proibia de sair da Venezuela, participou na segunda-feira em Bogotá de uma reunião do Grupo de Lima. (EC)
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