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O governo Boris Johnson pisa fundo no acelerador da ruptura litigiosa com a União Europeia (UE), o brexit sem acordo | / FRANK AUGSTEIN/ASSOCIATED PRESS
O governo Boris Johnson pisa fundo no acelerador da ruptura litigiosa com a União Europeia (UE), o brexit sem acordo. O primeiro-ministro britânico pediu à rainha Elizabeth 2ª que suspenda as atividades do Parlamento por cinco semanas, a partir de 10 de setembro. Uma nova sessão começará em 14 de outubro, com um discurso da monarca sobre as prioridades do governo. A solicitação foi aprovada pela rainha nesta
quarta-feira (28).
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O gesto visa a reduzir o tempo que deputados (agora em recesso) terão, a partir da semana que vem, para bloquear uma saída abrupta do Reino Unido do bloco, como a que o líder conservador vem repetidamente mencionando em discursos e entrevistas.
O Legislativo, que volta das férias de verão em 3 de setembro, pode tentar passar uma lei que interdite o chamado "no deal" (ruptura não pactuada) ou mesmo votar uma moção de desconfiança no governo Johnson. Mas agora só disporá de uma semana para fazê-lo.
"Estou chocado com a imprudência do governo de Johnson, que fala sobre soberania e está tentando suspender o parlamento para evitar o escrutínio de seus planos de um brexit sem acordo", disse o trabalhista Jeremy Corbyn, líder da oposição. Corbyn, que classificou a ação como uma ameaça para a democracia, defendeu que o premiê seja chamado ao Parlamento para prestar satisfação.
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Na terça (27), um grupo suprapartidário que reúne parlamentares governistas e da oposição concordou em buscar um obstáculo legal para o "brexit custe o que custar" do premiê assim que os trabalhos fossem retomados.
Eles consideram antidemocrática a abordagem adotada pelo Executivo. No Reino Unido, o Parlamento tem o protagonismo do processo político. Após o anúncio dos planos de Johnson, alguns membros do grupo afirmaram que o voto de desconfiança talvez seja a resposta preferível.
"A decisão do primeiro- ministro é questionável e ultrajante. Ele sabe que estamos no meio de uma crise nacional", disse o deputado governista Dominic Grieve.
(FP)
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