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Proposta da rede foi apresentada pelo governo brasileiro ao Banco do BRICS em março deste ano | Beijing Tiantan Hospital
O Ministério da Saúde anunciou a criação de uma rede nacional de centros tecnológicos de saúde, com foco em medicina de alta precisão, automação hospitalar e atendimento especializado, nesta terça-feira (18/11).
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A iniciativa marca o início de uma nova fase de modernização do Sistema Único de Saúde (SUS), apostando em inteligência artificial, interoperabilidade de dados e cooperação internacional.
O projeto inclui a implantação de 14 UTIs inteligentes e interligadas em todas as regiões do país e a construção do Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da USP, que será o primeiro hospital inteligente do SUS.
A unidade, em São Paulo, funcionará como um centro de inovação com tecnologias de ponta voltadas para emergências e medicina de precisão.
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O ministério também anunciou a modernização de outras oito unidades de excelência, em parceria com universidades e secretarias estaduais de saúde — com investimentos previstos por meio de um pedido de financiamento de R$ 1,7 bilhão ao Banco do BRICS, etapa que agora entra na fase final de avaliação.
No início de outubro, o Ministério da Saúde também incorporou ao SUS a prostatectomia radical assistida por robô para o tratamento de pacientes com câncer de próstata clinicamente avançado.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o objetivo é criar um ecossistema de inovação capaz de transformar a forma como o país trata casos de alta complexidade.
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“Estamos entrando em uma nova era de inovação para o SUS. Não se trata apenas de construir ou modernizar hospitais, mas de incorporar tecnologia, firmar parcerias internacionais e criar centros capazes de produzir conhecimento e melhorar o cuidado em todo o país”, afirmou.
As UTIs inteligentes serão instaladas em hospitais de Manaus, Dourados, Belém, Teresina, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. Todas funcionarão digitalizadas e conectadas entre si, permitindo:
Estudos do Ministério da Saúde apontam que tecnologias como inteligência artificial e big data podem reduzir em até cinco vezes o tempo de espera em emergências, além de tornar diagnósticos e intervenções mais assertivos.
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O Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), idealizado pela professora Ludhmila Hajjar, será a unidade-modelo da rede. Ele reunirá sistemas integrados, automação, protocolos baseados em evidências e recursos para terapias personalizadas.
“O paciente crítico é o que mais se beneficia da medicina de precisão. Um hospital inteligente reduz tempo, melhora desfechos e oferece um cuidado mais seguro. É um salto histórico para o SUS”, afirma Hajjar.
A proposta da rede foi apresentada pelo governo brasileiro ao Banco do BRICS em março deste ano.
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Em outubro, Padilha firmou acordos de cooperação na China para transferência tecnológica na área hospitalar. A visita técnica do banco ao terreno do HC-USP já ocorreu, e a assinatura do acordo com USP, governo de SP e Ministério da Saúde finaliza as etapas burocráticas para análise do financiamento.
A rede integra o programa Agora Tem Especialistas, que pretende ampliar e qualificar o acesso à atenção especializada na saúde pública.
Segundo Padilha, com a criação desses centros tecnológicos, o Brasil se posiciona entre os países que estão redesenhando o modelo assistencial com base em tecnologia, ciência e inovação.
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