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Cotidiano

Brasil perde posição para Nigéria e deve se tornar 7º mais populoso do mundo

Calcula-se que o Brasil chegará ao final de 2022 com 215,3 milhões de habitantes, enquanto o país da costa oeste da África alcançará 218,5 milhões

Maria Eduarda Guimarães

11/07/2022 às 16:45  atualizado em 11/07/2022 às 16:53

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Movimentação de pessoas

Movimentação de pessoas | Alamy

O Brasil deve perder em breve o posto de sexta nação mais populosa do mundo. Com crescimento acelerado, a Nigéria vai ultrapassar o país ainda este ano, desbancando-o para a sétima posição, de acordo com projeções de relatório da ONU publicado nesta segunda-feira (11).

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Calcula-se que Brasil chegará ao final de 2022 com 215,3 milhões de habitantes. Já o país da costa oeste da África alcançará 218,5 milhões. Chama a atenção o ritmo de crescimento nigeriano, que há 50 anos tinha população equivalente a 60% da do Brasil no mesmo período.

Os números compõem o relatório World Population Prospects, cuja edição deste ano traz estimativas inéditas que levam em conta a pandemia de Covid. Para o Brasil, o documento ajuda a preencher uma lacuna de dados deixada pela ausência do Censo Demográfico, adiado por dois anos consecutivos - a última edição é a de 2010, e a de 2022 está prevista para começar em 1º de agosto.

O Brasil deve atingir seu pico populacional em 2046, com 231,1 milhões de habitantes e, então, entrar em decréscimo, chegando ao final do século com cerca de 184,5 milhões -14% a menos do que tem hoje.

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Assim, o país chega em 2100 fora da lista dos dez mais populosos do mundo - deverá estar na 11ª posição, seguido pelo arquipélago das Filipinas. Até lá, será desbancado por República Democrática do Congo, Etiópia, Indonésia, Tanzânia e Egito.

Consequência da crise sanitária, o país assistiu à diminuição da expectativa de vida, fenômeno que ocorreu em todo o mundo. No Brasil, porém, a queda foi maior. De 75,3 anos em 2019, a expectativa para os brasileiros foi a 72,8 no ano passado (queda de 2,5 anos). Globalmente, a queda média foi de 1,8 ano (de 72,8, foi para 71 anos).

Assim como no mundo, porém, o número tende a ser recuperado - no caso brasileiro, já a partir de 2023. As projeções, aliás, mostram que o país pode chegar a 2050 com uma expectativa de 81,3 anos. Cem anos antes, em 1950, quando o monitoramento passou a ser feito, calculava-se que o brasileiro viveria, em média, 48 anos.

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Seguindo tendência demonstrada no relatório anterior, de 2019, o documento atual mostra que o ritmo de crescimento da população brasileira corresponde a quase metade do da média global - 0,45% ao ano contra 0,84%, respectivamente. Daí o fato de a população entrar em decréscimo no país quatro décadas antes que a população mundial.

Já a Nigéria, para efeitos de comparação, tem média anual de crescimento de 2,3% e deve mais que dobrar de tamanho até o final do século, chegando a 546 milhões de habitantes e ocupando o terceiro lugar no ranking de mais populosos, atrás de Índia e China.

Um dos fatores que explicam as projeções para o decréscimo populacional no Brasil é a diminuição do número de filhos em relação à quantidade de mulheres. Em 2022, para cada mulher, nasce média de 1,6 criança - cifra que tende a se manter até o final do século. Há 60 anos, esse número era de 6 nascimentos por mulher.

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O recém-lançado relatório mostra ainda o acelerado envelhecimento da população. Enquanto em 1950 só 2,4% dos brasileiros tinham mais de 65 anos, esse número chega próximo a 10% em 2022 e deve superar um terço da população brasileira ao fim do século, com 33,5% de idosos.

O crescimento é ainda maior no recorte de pessoas ainda mais velhas, com mais de 80 anos. Hoje esse grupo representa apenas 1,7% da população brasileira, mas o dado deve ter um salto de quase oito vezes e chegar a 14,8% da população no final do século.

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