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Cotidiano

Bruno Covas demite equipe que reprovou contas

DO THEATRO MUNICIPAL. Grupo de trabalho apontou irregularidades em gastos de entidade que administra o espaço

Bruno Hoffmann

28/08/2019 às 01:00

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Theatro Municipal, no centro de São Paulo, é gerido pelo Instituto Odeon desde setembro de 2017

Theatro Municipal, no centro de São Paulo, é gerido pelo Instituto Odeon desde setembro de 2017 | /Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), demitiu a equipe que investigou e reprovou as contas do Instituto Odeon, entidade responsável pela administração do Theatro Municipal, nesta terça-feira.

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Segundo a "Folha", uma investigação feita pela prefeitura apontou problemas nas contas do Instituto Odeon, que tem contrato de gestão do teatro no centro da Capital de setembro de 2017 a 2021.

Ainda de acordo com o jornal, um dos funcionários demitidos disse nesta terça que as demissões são retaliações por conta da reprovação das contas e também uma estratégia para modificar a decisão. Um novo grupo analisará as justificativas do Odeon.

O grupo de trabalho, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, apontou que houve gastos superestimados em relação à prática de mercado e inconsistências graves nos dados de bilheteria, bem como despesas inadequadas com viagens e hospedagens. Há ainda a indicação de falta de qualificação técnica de alguns profissionais em cargos de comando e a utilização indevida de cartões

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corporativos.

Em razão da investigação, as contas de 2018 foram reprovadas e só parte das de 2017 foram aprovadas pela Fundação Theatro Municipal. Cerca de

R$ 3 milhões foram descontados do repasse feito pela prefeitura para compensar as irregularidades apontadas.

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GRAVAÇÃO.

Antes das demissões desta terça, a "Folha" obteve uma gravação feita em reunião na qual a secretária- adjunta da Cultura, Regina Silvia Pacheco, discute a situação com o grupo que fez a investigação.

"[Caso] não [sejam] aceitas as justificativas, não se pode continuar com o termo de colaboração", ela disse.

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Na conversa, a secretária- adjunta demonstra preocupação com a hipótese, argumentando que, com a eventual saída do Odeon, "não teria" o que pôr no lugar. "O princípio geral que nos guia é não fechar o teatro", afirmou. Os diálogos foram gravados por um funcionário público que participou da reunião e temia que a gestão Covas pressionasse o grupo a reverter a reprovação das contas.

"Tem alguma chance de eles [Odeon] comprovarem alguma coisa que mude esse parecer?", perguntou a secretária durante a reunião. "[O instituto] precisa mostrar com provas e documentos [a regularidade dos atos praticados]", respondeu à secretária um dos membros do grupo de investigação.

No fim do ano passado, André Sturm, então secretário da Cultura, pediu a rescisão do termo com o Odeon alegando insatisfação com a atuação. Apontou inconsistências em dados de bilheteria e má gestão como a compra errada de partituras para um evento.

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No começo deste ano, porém, o novo secretário da Cultura, Alê Youssef, suspendeu o processo, mantendo a entidade no comando do teatro. (FP/GSP)

 

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