Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Veja quatro medidas que as empresas devem tomar que são capazes de diminuir o nível de estresse dos trabalhadores
Continua depois da publicidade
A cobrança constante, associada à alta concorrência que costuma ser estimulada dentro das empresas, faz com que os funcionários estejam sempre insatisfeitos com a sua produtividade | @michsole/Unsplash
Também conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional, o burnout é uma doença laboral, ou seja, uma associada às atividades profissionais. Porém, com o apoio do grupo de trabalho, a doença pode ser melhor tratada.
Continua depois da publicidade
Aos 28 anos, Mariane (nome fictício, a pedido) foi diagnosticada com síndrome de burnout.
No início, ela achou que aquilo que sentia era apenas preguiça. Acordava desanimada para ir trabalhar e sempre queria ficar mais tempo na cama. Depois de um tempo, entretanto, o cansaço se transformou em exaustão e ela percebeu que não seria possível manter o ritmo.
"O que me deixou mais preocupada foram alguns sonhos que eu tinha. Eu sonhava que tinha perdido alguma reunião ou algum prazo. Eu acordava exausta. Nem na hora do descanso, do sono, eu conseguia descansar a mente, e comecei a ficar preocupada", afirma Mariane.
Continua depois da publicidade
No começo da pandemia, Mariane começou a trabalhar como produtora de rádio e TV na mesma empresa onde antes era promotora de vendas, em Belo Horizonte (MG). Com a retomada das atividades presenciais, porém, ela acumulou as funções e isso foi o principal gatilho para o burnout.
Segundo Sérgio Dias Guimarães Junior, psicólogo e professor especialista em saúde mental e trabalho, o estresse é uma resposta normal do organismo, principalmente após um longo expediente, seja em seu ofício ou estudos.
Esse estresse, porém, se torna um problema quando não encontra espaço para elaboração, isto é, para ser aliviado e transformado em solução –seja por meio do desabafo com amigos ou mesmo de uma conversa com o chefe.
Continua depois da publicidade
A "não-elaboração" é estimulada por aquilo que o psicólogo chama de "sociedade do desempenho", que se caracteriza pela necessidade de ter ótima performance em todas as atividades cotidianas. Essa pressão vem tanto dos indivíduos quanto das organizações.
A cobrança constante, associada à alta concorrência que costuma ser estimulada dentro das empresas, faz com que os funcionários estejam sempre insatisfeitos com a sua produtividade.
De acordo com o psicólogo Wagner de Lara Machado, professor da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e fundador da Neuroeconomics, por ser um problema relacionado ao trabalho, não se deve esperar que as soluções sejam apenas individuais.
Continua depois da publicidade
Segundo ele, existem quatro medidas que as empresas devem tomar que são capazes de diminuir o nível de estresse dos trabalhadores.
A primeira é deixar claro para os colaboradores quais são as suas funções, quais as expectativas da companhia em relação a ele e de que maneira será avaliado. A segunda é manter uma comunicação clara, principalmente entre chefes e subordinados. A terceira é envolver os trabalhadores nas tomadas de decisões da empresa, em especial nas que interferem na rotina dos funcionários.
Por último, é importante que a empresa esteja atenta a casos de assédio moral, de gênero, sexual e étnico-racial, além de estabelecer uma linha segura para denúncias por parte dos funcionários.
Continua depois da publicidade
Apesar do estresse laboral ser um problema que deve solucionado em uma parceria entre a instituição e seus funcionários, existem algumas medidas que os indivíduos podem tomar para diminuir a tensão e deixar a rotina menos extenuante.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade