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Cotidiano
Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular promove conscientização sobre prevenção e rotinas mais saudáveis
08/08/2022 às 13:24 atualizado em 08/08/2022 às 13:43
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O presidente da SBACV-RJ e cirurgião vascular, Dr. Almar Bastos | Divulgação
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) promove a Campanha Agosto Azul Vermelho, com o intuito de conscientizar a população brasileira sobre a importância dos cuidados preventivos com a saúde vascular. O mês de agosto foi escolhido justamente por ser comemorado a data do Cirurgião Vascular, no dia 15.
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As cores foram inspiradas em como geralmente são representadas as veias (azul) e as artérias (vermelho) em ilustrações. A campanha tem o objetivo de informar e também tentar mudar velhos hábitos de deixar para depois os assuntos relacionados à saúde: “depois eu vejo isso”, “depois eu paro de fumar”, “ano que vem eu me cuido” e tantas outras frases comuns ouvidas diariamente.
“É necessário conscientizar as pessoas a fazerem o check-up mesmo na ausência de sintomas, para que possamos fazer diagnósticos precoces, com possíveis doenças em estágios iniciais”, explicou o presidente da SBACV-RJ e cirurgião vascular, Dr. Almar Bastos.
“O bom funcionamento das artérias e veias é fundamental para a saúde humana, desde as varizes, com menor potencial de gravidade, quanto doenças potencialmente fatais, como oclusão de artérias dos membros inferiores, que pode levar a uma amputação, ou oclusão em artérias em nossos órgãos, nas coronárias, que vai ocasionar um infarto do miocárdio e a mesma coisa em artérias que levam ao cérebro, o que vai provocar um acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame”, completa o cirurgião.
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Durante todo o mês, serão abordados temas relacionados às doenças vasculares como Trombose Venosa Profunda, Doença Arterial Obstrutiva Periférica, Linfedema, Acidente Vascular Cerebral, Doença Carotídea, Pé Diabético, Aneurisma de Aorta Abdominal e Varizes.
A maioria delas tem seus riscos reduzidos com rotinas mais saudáveis, como o hábito de fazer exercícios físicos regulares, não uso de álcool, cigarro e outras drogas, além de manter uma boa alimentação. Essas são práticas primordiais para a conservação das veias e artérias. Conhecer o histórico de doenças da família também é um fator importante para prevenir o avanço dos sintomas.
Doenças
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Algumas dessas doenças, como as varizes, são mais comuns em mulheres, devido à gravidez e a reposição de hormônios com o uso de anticoncepcionais, por exemplo. Varizes são veias permanentemente dilatadas, tortuosas e com função comprometida. Afetam cerca de 15% da população adulta, sendo que acima dos 70 anos, cerca de 70% das pessoas apresentam este problema nas pernas.
Outras doenças, como as associadas a taxas elevadas de colesterol, estão diretamente associadas ao estilo de vida. Uma dieta rica em gorduras e pobre em proteínas saudáveis, frutas e vegetais, somada ao sedentarismo, resulta em acúmulo do colesterol nas artérias, o que pode ocasionar uma falta de nutrição na região afetada, e que equivaleria a um infarto agudo, caso a artéria acometida seja uma das coronárias ou a um derrame, caso sejam artérias que nutrem o encéfalo.
A comorbidade também pode ter relação com antecedentes familiares. Para quem possui pai, mãe ou avós com o problema, o acompanhamento médico precisa ser mais frequente, já que a alta do colesterol muitas das vezes acontece de forma silenciosa e assintomática.
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Outra doença que merece a atenção da população é a trombose, especialmente em pessoas submetidas a procedimentos cirúrgicos ou que permanecerem acamadas por tempo prolongado, como pós infarto do miocárdio, derrames, politraumatizados, idosos e obesos. É recomendável, inclusive, o uso de meias elásticas medicinais para tratar sintomas, como dores, inchaço e cansaço nas pernas. Caminhadas diárias entre 10 e 50 minutos, de acordo com orientação médica, também minimizam o problema.
Trombose e Covid-19
A preocupação com a trombose cresceu recentemente nos piores momentos da pandemia de Covid-19.
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Isso porque o vírus, que já matou mais de 679 mil pessoas no Brasil, atinge o sistema respiratório e pode se agravar atingindo o processo de coagulação do sangue no organismo.
A trombose atraiu ainda mais atenções após o desenvolvimento das vacinas contra a covid-19, entretanto, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os riscos de trombose devido aos imunizantes são irrelevantes. Para a vacina da Janssen, o risco de trombose é calculado em 0,0001%, para o imunizante da AstraZeneca este número fica em 0,0004%. Para efeito de comparação, o risco desta comorbidade para quem faz uso de pílula anticoncepcional é de 0,05%. Já para fumantes de cigarro, o perigo é ainda maior: 0,18%.
No site oficial da campanha (www.agostoazulvermelho.com.br) é possível encontrar dicas sobre como identificar e cuidar de doenças vasculares, mitos e verdades sobre elas, o momento certo de procurar um médico vascular, além de dar acesso aos conteúdos postados nas redes sociais da Sociedade.
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