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Após o anúncio do governo estadual de flexibilizar a quarentena, os casos e mortes pelo novo coronavírus continuam crescendo no Estado | Glen Carrie/Unsplash
Uma semana após o anúncio do governo estadual de flexibilizar a quarentena, os casos e mortes pelo novo coronavírus (Covid-19) continuam crescendo no Estado. No interior paulista, a cidade com o maior número de mortes é Campinas, seguida por Jundiaí e Sorocaba. Todas essas cidades estão na segunda fase do plano estadual de flexibilização, que permite a possibilidade de abertura de comércios com restrições.
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A Gazeta fez um levantamento das 10 cidades do interior paulista com mais mortes pelo novo coronavírus (veja tabela abaixo). No total, os dez municípios somam 418 mortes, de acordo com dados da secretaria estadual de saúde desta sexta-feira (5). No Estado, número chega perto dos 9 mil.
Em Campinas, o número de casos aumenta a cada dia. O prefeito Jonas Donizette (PSB) atribuiu o fato ao aumento de testagem. Na quinta-feira (4), a primeira morte de uma criança de 5 anos pelo coronavírus foi confirmado na cidade. Apesar disso, a prefeitura publicou um decreto que permite a reabertura de shoppings, do comércio de rua e das atividades religiosas a partir do dia 8 deste mês. Os locais, no entanto, poderão funcionar por quatro horas e com capacidade de atendimento reduzida a 20%. O decreto também prorroga a quarentena no município até o dia 15.
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Já Jundiaí foi um dos municípios que tentou flexibilizar a quarentena antes da autorização do governo estadual. Em abril, o Ministério Público recomendou que a prefeitura revogasse integralmente o decreto municipal que permitia a reabertura dos serviços não essenciais. Na época, a cidade tinha 100 casos confirmados da Covid-19 e nove mortes. Agora, Jundiaí tem mais de mil casos e é a segunda do interior paulista com mais mortes pela doença. No começo deste mês, o prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB), informou que o comércio deve funcionar das 9h30 às 15h30 e os shoppings devem ficar abertos das 14h às 20h, de segunda a sábado.
Já na cidade de Sorocaba, foi determinado que todos os comércios podem funcionar por, no máximo, quatro horas e com apenas 20% de capacidade de ocupação. Igrejas, templos e afins podem funcionar com 30% da capacidade.
BAURU
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Em Bauru, que está na 3ª fase da flexibilização da quarentena, a mais flexível, foi autorizado a retomada parcial do comércio e de restaurantes. Porém com a volta das pessoas às ruas, o número de casos da Covid-19 teve uma piora. Para evitar a aceleração do coronavírus na região, a cidade pode ter que voltar a fechar os estabelecimentos.
Questionada pela reportagem sobre a possibilidade de endurecer as restrições na cidade, a prefeitura informou, em nota, que “o prefeito de Bauru, Clodoaldo Gazzetta (PSDB) está conversando com os prefeitos da região para corrigir o que for possível no plano de flexibilização (Pacto Regional) para corrigir os índices epidemiológicos e aguarda os números da próxima semana para novas providências”.
PLANO SP
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O programa de saída da quarentena do governo estadual, o chamado ‘Plano São Paulo’, prevê o retorno de serviços não essenciais nas cidades do Estado por etapas. São cinco níveis de restrição, indicados por cores, que vão desde a fase mais rígida até a liberação total.
Os critérios que definem as fases e permissões a atividades econômicas são: média da taxa de ocupação de leitos de tratamento intensivo para Covid-19; número de leitos UTI por 100 mil habitantes; e evolução semanal de casos confirmados, internações e mortes pela doença na comparação com a semana anterior.
Segundo o governo do Estado, as regiões serão avaliadas periodicamente de acordo com os indicadores de saúde, verificando se cumprem os critérios para avançarem a uma fase de maior relaxamento a cada 14 dias ou voltar para uma fase mais restrita a cada sete.
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“Nós estaremos monitorando dia a dia. Se tivermos que dar um passo atrás ou retomar medidas não hesitaremos em fazer para proteger vidas”, disse o governador João Doria (PSDB) ao anunciar a flexibilização.
MORTES PODEM DOBRAR
Um estudo apresentado pela gestão João Doria na última semana prevê que o estado de São Paulo pode dobrar o número de casos confirmados da Covid-19 no mês de junho. Segundo o documento, São Paulo deve sair de 118 mil casos para entre 190 e 265 mil casos até o fim do mês.
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A gestão estadual também afirmou que as regiões de Bauru e Barretos tiveram piora nos índices e podem regredir na reabertura da quarentena, do índice amarelo para o laranja.
A secretária de Desenvolvimento Econômico e Social, Patrícia Ellen, afirmou que o Estado vai alternar momentos de mais abertura comercial e outros mais restritivos, com a imposição de regras mais rígidas de distanciamento social. Patrícia indicou que, na próxima semana, 12 regiões do Estado deverão ter a mesma classificação (entre vermelha, laranja, amarela, verde e azul) que obtiveram nesta semana.
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