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Nilton Tatto COLABORADOR | /Divulgação
O governo está próximo de completar 100 dias desde a posse de Bolsonaro - prazo que os gestores públicos utilizam como espécie de termômetro para verificar se os programas adotados, suas propostas e projetos tem respaldo ou potencial efetivo de sucesso. É evidente que nenhum brasileiro espera que em apenas 3 meses seu mandatário tenha transformado o país, mas é capaz de perceber a direção de seus passos.
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Ao fazer uma avaliação de cada pasta, a única conclusão que se pode chegar em 100 dias é de que os ocupantes do Palácio do Planalto não têm propostas a não ser gerar intrigas; promover chantagens, tentar agradar banqueiros e empresários. Em suma, se seguirmos os passos do presidente, acabamos andando em círculos, quando não para trás.
Não existem planos para a educação, como expôs uma jovem deputada em sabatina ao então ministro da educação na semana passada; não há projetos para a saúde pública; faltam propostas para a geração de empregos, para a indústria ou para o comércio exterior. No que tange a justiça, pasta do ministro Sérgio Moro, há uma única proposta, que resume seu gabinete a uma falsa ideia de segurança pública - seu "pacote anti-crime" não passa de uma série de medidas irresponsáveis para aumentar e legitimar a violência policial, e só.
Se a maioria das áreas permaneceu inerte neste período, no que tange a Agricultura e o Meio-ambiente, o governo conseguiu andar para trás. Em apenas 100 dias, os ministros Tereza Cristina e Ricardo Salles, realizaram respectivamente as proezas de liberar mais de 50 tipos extremamente agressivos de agrotóxicos; congelar as atividades do INCRA e desmontar paulatinamente o IBAMA e o ICMBio.
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Com isso o namoro do mercado com o governo parece já estar em crise - o dólar atingiu o maior valor dos últimos anos; o litro da gasolina ultrapassou 4 reais e a taxa de desemprego não caiu, nem com a reforma trabalhista. Não existe dúvida de que Bolsonaro está fora de sintonia com a população, que já começa a se perguntar se o país tem ou não um presidente.
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