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Espaço na zona sul oferece tratamento para esportistas, especialmente atletas de baixa renda | /RENATO S. CERQUEIRA/FUTURAPRESS/FOLHAPRESS
A disputa por um terreno na zona sul de São Paulo ameaça a continuidade das atividades de um centro médico esportivo que todo mês oferece gratuitamente, por meio do SUS, cerca de 700 consultas, 900 sessões de fisioterapia e 100 cirurgias, segundo dados da própria instituição.
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Localizado na Vila Clementino, o Centro de Traumato- Ortopedia do Esporte (Cete), pertencente ao Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp, funciona no local há mais de nove anos. O espaço oferece tratamento para esportistas, especialmente atletas de baixa renda, e nele trabalham 225 profissionais de saúde, em sua maioria voluntários. Por lá já passaram medalhistas olímpicos como Maurren Maggi e Arthur Zanetti, além de vários atletas, paratletas e ex-atletas.
Além de desse atendimento também provê serviços de odontologia, psicologia, nutrição e outras especialidades à população, também por meio do SUS. Na área de ensino, o Cete tem uma das melhores residências em medicina esportiva do País e recebe anualmente 15 residentes médicos.
O Cete está localizado em um terreno que pertence à prefeitura e divide a quadra com o Comando do 8º Distrito Naval, instalação da Marinha do Brasil. Desde o ano passado, e mais intensamente agora, Cete e Marinha têm entrado em conflito pelo uso do terreno, e a disputa pode inviabilizar os serviços do centro.
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O Cete tem um acordo de cessão de uso precário com a prefeitura, segundo o qual pode usar o local mediante renovação periódica da licença. Com a concretização da doação, seria possível fazer investimentos mais robustos no local, já que não haveria risco de perder o terreno.
No entanto, a Marinha tem solicitado o terreno. Segundo o argumento apresentado à prefeitura, a Marinha teria recebido do prefeito Jânio Quadros, em 1988, uma autorização de uso do terreno por 40 anos (prorrogáveis por mais 40).
Contatada pela reportagem por meio de sua assessoria de imprensa, a Marinha não retornou. (Guilherme Seto/FP)
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