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Cotidiano

Cerca de 87% dos prédios de três ruas do Brás não têm vistoria vigente do Corpo de Bombeiros

Levantamento realizado na região central da capital paulista apontou que dos 429 prédios consultados, apenas 56 estão regularizados

Maria Eduarda Guimarães

02/08/2022 às 12:50  atualizado em 02/08/2022 às 14:11

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Incêndio em um prédio no centro de São Paulo.

Incêndio em um prédio no centro de São Paulo. | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

Um levantamento realizado pelo SP2 apontou que cerca de 87% dos prédios de três ruas do Brás, na região central da capital paulista, estão sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros vigente.

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Dos 429 prédios consultados pela produção, apenas 56 estão regularizados e 373, não.

Dados

Rua Oriente: 122 prédios sem AVCB/ 22 regularizados;

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Rua Barão de Ladário: 97 prédios sem AVCB/ 17 regularizados;

Rua Maria Marcolina: 154 prédios sem AVCB/ 17 regularizados.

O conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo, Roberto Racanicchi, afirma que a falta do AVCB nos prédios da região, onde muitos locais estão colados um no outro e abarrotados de mercadorias, aumenta as chances de ocorrer uma tragédia no local. "A probidade de ocorrência de um desastre, de uma tragédia é muito grande, dobra, triplica, é muito grande”, alega.

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Para Rogério Lin, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, as chances de um prédio com AVCB pegar fogo são bem menores. "Na hora que um um prédio pega fogo e ele tem AVCB, usualmente, ele vai ter a menores chances desse fogo se alastrar, as pessoas vão ter mais chance de escapar em segurança e os bombeiros vão ter mais facilidade em controlar o incêndio", conta. 

A falta do AVCB pode ocasionar em multas.

"Em um primeiro momento se é identificada essa irregularidade ou a ausência de um certificado do corpo de bombeiros a gente notifica, é determinado um prazo para que a pessoa apresente um projeto para regularizar. Caso não apresente nesse prazo, vamos aplicando multa e notificamos tanto a prefeitura quanto o ministério público daquela irregularidade", afirma Maicon Cristo, porta-voz do Corpo de Bombeiros.

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