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Ciro Gomes crítica Lula por mobilização por vitória em primeiro turno

Em menos de 24 horas, a campanha de Ciro postou ao menos cinco vídeos com o mesmo tema

Leonardo Sandre

15/09/2022 às 12:01  atualizado em 15/09/2022 às 16:29

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Estacionado em terceiro lugar nas pesquisas, Ciro teve oscilação de dois pontos percentuais para baixo, de 9% para 7%, na última sondagem do Datafolha

Estacionado em terceiro lugar nas pesquisas, Ciro teve oscilação de dois pontos percentuais para baixo, de 9% para 7%, na última sondagem do Datafolha | Pedro Ladeira/Folhapress

O conceito de voto útil colocou em rota de colisão o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, e a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depois de uma ofensiva petista para atrair o eleitor do adversário e tentar vencer as eleições ainda no primeiro turno.

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Em menos de 24 horas, a campanha de Ciro postou ao menos cinco vídeos com o mesmo tema. Na quarta (14), Ciro chamou de "autoritários" e de "covardes" quem "faz qualquer negócio para ganhar no primeiro turno". "Os autoritários querem o máximo de poder nas mãos, e os covardes temem debater a verdade."

Em um dos vídeos críticos ao voto útil, a imagem de um casal de evangélicos é sobreposta por uma locução que questiona se eles deveriam mudar de religião porque "os infiéis são fortes e ameaçadores".

Em outro, que traz um rapaz com farda do Exército, uma mulher pergunta: "O que você diria a alguém que mandasse você fugir covardemente porque seu país estava ameaçado de invasão?". A voz de Ciro, então, responde: "Para eles, voto útil é tornar sua coragem inútil".

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Nos próximos dias serão lançados mais vídeos com personagens variados e argumentos distintos para rebater a defesa do voto útil. Internamente, a campanha pedetista identificou em movimentos recentes do PT e do presidente Jair Bolsonaro (PL) o que consideram uma tentativa de "calar o Ciro".

Estacionado em terceiro lugar nas pesquisas, Ciro teve oscilação de dois pontos percentuais para baixo, de 9% para 7%, na última sondagem do Datafolha, divulgada logo após os atos do 7 de Setembro.

Lula se manteve com 45%, enquanto Bolsonaro oscilou dois pontos para cima e marcou 34%. Nesse cenário, o petista tenta atrair principalmente eleitores de Ciro em busca de uma vitória no primeiro turno.

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Em vídeo recente, Lula incentivou a militância a acreditar ser possível vencer no primeiro turno. "Tem gente que tem vergonha [e diz] 'ah, não vamos ganhar no primeiro turno porque parece soberba'. Não, nunca fiz eleição para ganhar no segundo turno. Toda eleição que eu participo é para ganhar no primeiro."

Na quarta, o ex-presidente voltou ao tema em agenda em São Paulo. "Só faltam 18 dias. Quase 20% da população, dizem as pesquisas, vão se abster. O cara que não vota significa que depois não tem direito de reclamar", disse Lula. Na avaliação da campanha de Ciro, a ofensiva aumenta a rejeição contra o petista.

Já Bolsonaro, ainda segundo a campanha de Ciro, tentou usar instituições de Estado para intimidar o adversário. Eles citam a apuração aberta pelo Ministério Público Militar contra o pedetista, após pedido da pasta da Defesa. Ciro é acusado de crime militar por supostamente difamar as Forças Armadas.

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Também na quarta, centrais sindicais divulgaram carta aos eleitores do pedetista pedindo voto em Lula para que ele vença no primeiro turno. As organizações dizem reconhecer o "valor de Ciro como pessoa e político".

"Muitos de nós já o apoiamos em outras oportunidades. Neste momento, porém, entendemos que é mais importante apoiar e pedir que todos apoiem Luiz Inácio Lula da Silva", afirmam as centrais.

"Os votos dos que ainda pretendem votar em Ciro porque apostam na construção de tempos melhores farão toda a diferença agora, afastando de vez a ameaça de continuidade do desgoverno de Bolsonaro."

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