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Cotidiano

Coaf aponta depósito de R$ 100 mil na conta de PM preso

Coaf apontou um depósito de R$ 100 mil na conta de Lessa em outubro do ano passado, sete meses depois da morte de Marielle

16/03/2019 às 01:00

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PM reformado Ronnie Lessa e ex-PM Élcio Queiroz foram presos pela morte de Marielle e Anderson

PM reformado Ronnie Lessa e ex-PM Élcio Queiroz foram presos pela morte de Marielle e Anderson | /Reprodução TV Globo

A Justiça decretou o bloqueio de bens do PM reformado Ronnie Lessa e do ex- PM Élcio Queiroz, acusados da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL). O pedido foi feito pelo Ministério Público depois que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou um depósito de
R$ 100 mil na conta de Lessa em outubro do ano passado, sete meses depois do crime.

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O objetivo do pedido de bloqueio, segundo explicou o MP-RJ, é garantir recursos para que as famílias das vítimas possam ser indenizadas por danos morais e materiais. O relatório do Coaf cita ainda bens materiais de Ronnie Lessa, como uma lancha, um veículo blindado avaliado em cerca de R$ 150 mil e uma casa no condomínio Vivendas da Barra, na zona oeste, que seriam incompatíveis com a renda de um PM reformado.

O advogado de Lessa, Fernando Santana, afirmou que não teve acesso às informações do relatório. "Também não falei com ele [Lessa] ainda", afirmou. "O dinheiro pode ser uma doação, pode ser a venda de algo."

A previsão é de que Lessa e Queiroz prestem depoimento na tarde de sexta-feira, na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital. Santana, no entanto, já adiantou que o seu cliente vai ficar em silêncio e só falará em juízo. "Ele já está com a prisão preventiva decretada, por que perder tempo prestando esclarecimentos?", questionou o advogado. "Ele falará em juízo, futuramente", completou.

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A expectativa é de que Lessa e Queiroz sejam transferidos ainda nesta sexta-feira para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste. Posteriormente, no entanto, os dois acusados devem ser levados para uma penitenciária federal fora do estado. (EC)

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