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Cotidiano
Entre as fotos premiadas pelo concurso World Press Photo 2022 está os retratos presente no projeto brasileiro 'Distopia Amazônica'
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Foto vencedora retrata homenagem a crianças indígenas mortas no Canadá | Amber Bracken/The New York Times
Vestidos vermelhos e laranjas pendurados em cruzes ao longo de uma estrada. Assim é a foto "Kamloops Residential School", de Amber Bracken para o The New York Times: a melhor fotografia do ano do World Press Photo 2022.
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O que a imagem retrata vai além das câmeras. O retrato mostra uma homenagem às crianças que morreram na maior escola residencial de estudantes indígenas no Canadá. No ano passado, uma vala comum com restos mortais de 215 crianças foi descoberta nesta antiga escola, que fica em Bristish Columbia e foi fechada em 1978.
Para entender um pouco a história por trás da foto é preciso saber o que eram as escolas residenciais no Canadá. O sistema, criado pelo governo e autoridades religiosas nos séculos XIX e XX, separava à força as crianças indígenas das suas famílias com o objetivo de inseri-las à cultura europeia e integra-las à sociedade. Após uma investigação sobre o funcionamento do sistema, um relatório de 2015 documentou abusos físicos, sexuais e outras violências sofridas pelas crianças.
“É um tipo de imagem que fica gravada na nossa memória, inspira uma espécie de reação sensorial. Eu quase que consigo ouvir a quietude nesta fotografia, um momento de silêncio de avaliação global da história da colonização, não apenas no Canadá, mas em todo o mundo”, disse a presidente do júri global, Rena Effendi, sobre esta imagem.
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Segundo a World Press Photo, esta é a primeira vez na história de 67 anos da instituição que a Foto do Ano é uma fotografia onde não aparecem pessoas.
Também foram anunciados os vencedores das categorias "Reportagem do Ano", onde ganhou "Salvar florestas com fogo", do australiano Matthew Abbott, para a National Geographic; e "Projeto de Longo Prazo", que premiou "Distopia Amazônica", do brasileiro Lalo de Almeira para o jornal Folha de São Paulo, e "O sangue é uma semente", da equatoriana Isadora Romero.
O World Press Photo Contest reconhece o melhor fotojornalismo e fotografia documental do ano anterior. Este ano, os vencedores foram escolhidos entre 64.823 fotografias e inscrições em formato aberto, por 4.066 fotógrafos de 130 países.
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Confira na galeria outras fotos premiadas.
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